Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Dependência Emocional

Ao criar Adão e Eva, a primeira ordem de Deus a eles foi: CRESCEI.  Esta palavra aponta para a necessidade de fertilidade e multiplicação da espécie, pois haveriam de povoar a terra com filhos e filhas.

Como psicóloga me identifico com esta palavra também para indicar o início da vida emocional. Deus criou Adão e Eva adultos, com a estatura correta, fisicamente e cognitivamente perfeitos e capazes. A inteligência e as competências de ambos eram muito superiores às nossas na atualidade, pois suas mentes ainda não haviam sido tocadas pelo pecado. Portanto, Deus não ordenava a eles que crescessem só numericamente, mas também emocionalmente, usando a sabedoria e a compreensão outorgada a ambos.

Teriam que conviver, aprender a se relacionar entre si e com as coisas criadas por Deus, além de adquirirem um conhecimento cada vez maior de Deus, que conversava com eles. Que maravilha era o Éden!

No primeiro casamento, feito pelo próprio Deus, a primeira ordem foi Deixar Pai e Mãe. Esta expressão aponta para a necessidade de buscarem maturidade e independência emocional  - que aplicada aos dias de hoje seria estendida para independência financeira também.

Faz parte da natureza humana a dependência e independência emocional. Nascemos absolutamente dependentes do cuidado, do afeto, dos elogios, da educação, do significado que os outros nos atribuem. Mas vamos crescendo, nos tornando independentes na forma de pensar, de agir, de sentir, e de pensar sobre nós mesmos. Aprendemos conceitos, valores e teorias, adquirindo vivências e nos individualizando.

Sempre precisaremos dos outros. O ser humano é afetivo, socialmente dotado, relacionável. Precisamos de família, irmãos, amigos, primos, conjugues, filhos, netos e, depois da conversão, ainda somos inseridos na Igreja e Família de Deus.

O problema surge quando a necessidade de outros se torna uma dependência, uma obsessão. É o caso da mãe que não permite que seu filho seja feliz longe dela quando ele se casa. Do marido ou esposa que não consegue cortar o cordão umbilical com a família de origem, fazendo mais acordos com seus pais do que com seu atual conjugue. Da mulher que foi abandonada por um homem que resolveu sair do casamento e iniciar uma outra família, mas que passa os dias acompanhando seu ex pelas redes sociais. Do namorado que deixa de estudar, de falar com os pais e amigos por conta de uma menina que o domina, a ponto dele preferir morrer a terminar o relacionamento. Da moça que apanha do noivo, e mesmo sabendo que vai continuar a apanhar no casamento, ainda assim prefere casar do que ficar sozinha.

Um conjugue não pode amar sozinho pelos dois. Espancamentos  de homens em esposas e filhos não devem ser subestimados. Chantagens emocionais do tipo “se você me deixar eu me mato” precisam ser tratadas. Um casamento sadio não pode se perder por conta de sogros infelizes em seus próprios casamentos, a ponto de interferirem de forma inconveniente no cotidiano conjugal dos filhos. Os filhos serão sempre nossos, mas são flechas que voam à frente, construindo novas famílias e carreiras.

Precisamos de afeto. Necessitamos de abraços e carinhos. Gostamos de estar entre pessoas que amamos. Contudo, se é pra depender, vamos depender de Deus!

elaineElaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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