Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Em paz com o espelho

Desde que nascemos participamos de uma grande competição. Há sempre o sobrinho mais bonito, o neto mais bonzinho pra comer, o filho mais obediente ou organizado, o colega da classe mais popular, a garota mais inteligente e a menina mais bonita. Vamos tentando nos encaixar nos padrões que os outros estabelecem, e na maioria das vezes ficamos na média, passando despercebidos ao longo da vida.

Há filhos que se sentem especiais, cujos pais estimulam e reforçam a auto estima positiva, construindo uma auto imagem também positiva. Quando isto acontece, fica mais fácil encarar as imposições dos padrões sociais impostos a homens e mulheres, que pretendem definir tanto o peso, o cabelo e a altura ideal, quanto as marcas que devemos ter ou comprar. Afinal, saber-se amado é o primeiro passo para uma pessoa gostar de si mesma, e não se importar tanto com modismos ou discursos alheios.

Muitas pessoas passam a vida se comparando a outras pessoas. As mulheres se importam mais com a opinião alheia, e são muitas que se vestem e se arrumam para competir com outras mulheres,  sempre se questionando o que os outros vão dizer das suas escolhas, seja de carreira ou de sapato.

Uma menina amada e elogiada gosta de se olhar no espelho e se acha sempre linda, pois afinal é isto o que ouve dos seus pais. Mais tarde, na adolescência, descobre que não é a mais alta ou a mais bonita, mas se tem boa auto estima, faz amigas no colégio e na igreja, e aprende a gostar de seu cabelo encaracolado. 

A escolha da carreira toma grande parte das ocupações no início da juventude, e é sempre gratificante se olhar no espelho com o jaleco de dentista ou médica, ou simplesmente se arrumar para ir trabalhar em algo que se gosta.  Quando se casam, muitas mulheres se ocupam tanto com os cuidados com a casa e os filhos, que se esquecem de olhar no espelho. Se não tomarem cuidado, deixam de se arrumar para os seus maridos, de investir em noites românticas e os espelhos só são encarados no momento de pentear o cabelo ou a fazer a maquiagem.

Com o passar dos anos, se não tomarem cuidado, muitas mulheres se esquecem dos espelhos, quando não fogem deles. Olhar pra eles significa encarar a passagem do tempo, os famosos pneuzinhos, os cabelos brancos e as rugas evidenciadas. Contudo, se estiver feliz em seu casamento, realizada com seus filhos e com sua carreira, vai procurar o espelho para conversar consigo mesma e se arrumar para vida cotidiana.

Quando entramos nos enta, a partir dos quarenta anos, a consulta ao espelho continua sendo importante, mas as preocupações com os filhos crescidos, a manutenção das atribuições profissionais e ministeriais, e a consolidação de um bom casamento são as nossas prioridades. Sabemos quem somos e o que fazemos bem, e temos ciência do quanto precisamos melhorar. Mais do que a beleza, o cuidado com a saúde precisa ser uma das prioridades, pois são nos anos que antecedem a velhice que determinamos a qualidade da nossa saúde na terceira idade.

Por volta dos sessenta anos, com os filhos casados, é tempo de velar pela boa amizade no casamento, que deve ser construída ao longo dos anos. Sabemos que a juventude não volta, mas precisamos ser gratas a Deus pelo que conquistamos, voltando ao espelho para vislumbrar nossa imagem jovem debaixo de nossas rugas atuais.

Nos anos que seguem, o espelho cada vez mais vai nos mostrar as marcas que o tempo deixou. Cada ruga tem uma história a ser lembrada, a marca de uma vitória alcançada, e é sempre bom mantermos nossas lembranças em dia. Quantas bênçãos temos pra contar, tantas experiências a partilhar com os netos!

A verdade é que, especialmente a partir da meia idade, o que os outros pensam não importa mais, o que nos interessa é o que Deus pensa, o que ele ainda deseja que façamos para o restante de nossas vidas. Sempre podemos melhorar nossa aparência, cuidando bem da saúde, da pele e dos cabelos, e mantendo um coração alegre e uma vida reta com Deus.

A maturidade traz beleza, a sabedoria gera tranquilidade, e os sorrisos e lágrimas nos tornam mais belas. Podemos fazer as pazes com o espelho, e viver sem a preocupação da opinião dos outros, mas cientes de que continuamos a fazer o nosso melhor em Deus. Ao longo dos anos, nos esforçamos para continuar nossa caminhada sem guardar mágoas ou ressentimentos, pois é o julgamento divino que nos interessa.

Se dentro da perspectiva bíblica e relacional o que vivenciamos é legitimo e correto, por que nos preocupamos com que os outros vão pensar? Vamos visitar os espelhos e aproveitar a vida. Toda ela é um presente de Deus!

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