Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Namorar       

Na infância, especialmente entre as meninas, é comum que se imagine como será namorar, quando chegarmos à idade. Assim sendo, idealiza-se  o par, sempre lindo e elegante, com um sorriso maravilhoso e muito cavalheiro. Infelizmente, quando a adolescência e a juventude chegam, muitas são as jovens que abaixam muito os critérios de seleção – acabam namorando rapazes bem abaixo das suas expectativas, por carência ou medo de ficarem sozinhas.

Para aqueles que, sabiamente, sabem esperar pelo bom par, a fase do namoro é uma época fascinante: conhecer alguém a fim de avaliar a possibilidade de passarmos o restante da nossa vida ao lado desta pessoa. Afinal, namorar não é simplesmente  ficar, sem interesse maior na continuidade do relacionamento. Enquanto o ficar é descomprometido, o namoro implica em compromisso, respeito, sinceridade de atitudes e, no caso de namoro evangélico, em buscar a direção de Deus para a futura vida conjugal. 

Namoro é uma época de muita conversa,  de avaliar as atitudes do outro com a família, de observar o tratamento dado aos pais, irmãos e amigos. É a oportunidade de conhecer alguém mais de perto, avaliando sua intimidade com Deus, seu compromisso com a igreja e a obra de Deus. No namoro é possível considerar a interação entre diálogo e prática de vida  social e cristã,  bem como o modo como o outro lida com dinheiro, ciúmes ou emoções. 

Vale a pena sempre ressaltar que o outro sabe que esta sendo avaliado, e pode fazer de tudo para esconder seus erros ou defeitos. Portanto, se no namoro uma crise de ciúmes resulta em agressão verbal, em se prosseguindo este relacionamento, num futuro casamento a crise de ciúmes vai resultar em agressão física, pois agora não há mais porque maquiar as emoções. Afinal, sempre que atendemos pacientes que sofrem desagravos, agressões, ou abusos emocionais ou sexuais dentro de casamentos, estes começaram "leves" dentro do namoro!

Para  um namoro saudável, o primeiro passo é escolher muito bem o par – uma pessoa que tenha uma visão de mundo parecida, que tenha princípios e valores morais admiráveis, que tenha objetivos práticos para a vida profissional e social, e que, acima de tudo, seja temente a Deus, atuante na obra de Deus, bom filho(a) e um irmão amável e amigo.  

Precisamos gostar da pessoa. Admirar seu caráter e suas atitudes.  Apreciar sua disposição para o trabalho, suas capacidades intelectuais, sua educação e cultura, seu polimento social e sua habilidade em resolver situações complicadas e problemas cotidianos. Elogiar o modo e as escolhas que faz dos amigos que granjeia e mantém ao longo dos anos. 

Quando ao longo do namoro as surpresas e atitudes do outro nos decepcionar, o melhor a fazer é terminar o namoro, escolhendo melhor da próxima vez. O que não se pode fazer é imaginar, que poderemos mudar o outro, transformando-o numa imagem do que queremos, idealizando o que não pode ser realizado.  Até porque o outro só muda se ele quiser, e não quando nos queremos. E a maioria das pessoas não muda quem é – na época do namoro seu caráter já está formado! 

Quando escolhemos bem, a tendência é que este namoro siga com tranquilidade, e vamos cada vez admirando ainda mais quem escolhemos.  Percebemos que fica fácil imaginar viver nosso cotidiano ao lado desta pessoa, abrindo mão do que já conquistamos em nossa família de origem, de modo a fundarmos uma nova família pelo casamento.

Deste modo, podemos, enfim, depois de gostar e admirar, decidir amar a pessoa que namoramos. E mesmo em meio às tarefas e atribuições da vida conjugal, bem como da paternidade e maternidade, levaremos para o cerne do casamento a possibilidade de mantermos a chama do namoro ativa, namorando nosso cônjuge até que a morte nos separe!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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