Poucos de nós vivenciamos a aflição causada pela quebra da bolsa de Nova Iorque, em 24 de outubro de 1929, quando muitos ficaram desesperados e se suicidaram. Poucos também sofreram a recessão pós primeira grande guerra, na década de vinte, ou até mesmo as aflições sociais da segunda guerra mundial.
O que temos visto no mundo com o COVID -19, que já está ativo em cerca de duzentos países, é algo inesperado e inédito para as gerações atuais. Mais da metade da população do planeta está com restrições e com medidas sanitárias para impedir a disseminação desta pandemia. Muitas mortes diárias, e uma previsão de que setenta por cento da população mundial será infectada.
Muitos países estão correndo com a produção de vacinas, sendo Israel um deles. Muitas bolsas de valores estão quebrando, o dólar está subindo, muitas fábricas e comércios agonizando, e muitas famílias estão assoladas pelo desemprego. Tempos difíceis.
As notícias são tristes, e cada vez mais a morte alcança pessoas perto da nossa casa ou do nosso trabalho. Além disso, estamos às voltas com um grande número de pessoas espalhando fake news, enquanto outras se aproveitam para disseminar teorias de conspiração, e até apocalípticas, que tiram o sono de muita gente. Um exemplo disso é o ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman, declarar que o Messias virá e salvará o país e o mundo antes da Páscoa judaica – fato que foi noticiado mundialmente.
Filósofos e ativistas políticos começaram a defender uma constituição global para reger o mundo, onde regras seriam expostas para o bom governo do mundo. Além da unificação religiosa em curso no mundo, agora também se defende a unificação governamental mundial para momentos de crises.
Em meio a tantas questões politico-administrativas, que nos fazem voltar à Bíblia e observar o relógio de Deus, alguns países, muito sabiamente, estão somando forças internamente: os grupos políticos opostos estão unidos para resolver e contornar a pandemia do coronavírus, entendendo que a vida humana é superior às diferenças ideológicas.
Infelizmente, no Brasil o quadro está diferente. O que temos assistido é uma disputa de poder extrema, com partidos e pessoas se aproveitando da pandemia viral, provocando uma desestabilização política e econômica.
Candidatos a cargos públicos estão incitando uma revolta contra as autoridades já constituídas, e assistimos, estarrecidos, uma guerra de mandos e desmandos. O poder se torna mais importante do que a saúde, as coligações e partidos estão mais importantes do que as vidas humanas!
Precisamos orar pelo Brasil. A Bíblia é clara: Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.
Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2.1-4).
A política faz parte da nossa vida, pois é a arte de conviver, a arte de governar. Nós já nascemos inseridos dentro de uma estrutura política, e precisamos aprender a arte de conviver na família, na escola, na igreja, na vizinhança, na cidade e no país em que vivemos. Nascemos sob uma forma de governo, e precisamos pensar e orar pelos que governam sobre nós, pois as decisões tomadas por eles alcançam nossas famílias, nossa saúde e nossas igrejas.
Uma vida tranquila e pacífica, com liberdade para cultuar a Deus e vivida com dignidade, é resultado de ações políticas das nossas autoridades. Portanto, oremos. A Igreja está sendo perseguida em todo o mundo, o evangelho está sendo denegrido por influenciadores da atualidade, e o cenário mundial está se organizando para dificultar ainda mais a expansão do reino de Deus na terra.
Elaine Cruz
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