Nossa capacidade de vasculhar as diversas regiões do mundo através das mídias sociais é impressionante. Podemos observar o que acontece em regiões longínquas, ver as cores da aurora boreal e assistir um discurso presidencial ao vivo. Somos capazes de partilhar fotos, textos, livros inteiros, e muitas receitas deliciosas.
Por conseguinte, também temos acesso a informações que nos chocam, pois retratam realidades diferentes da nossa, muitas das quais nem mesmo pensaríamos existir. Há um enorme número de pessoas perdendo suas histórias de vida, suas casas e familiares, como consequência de guerras civis, muitas delas envolvendo narcotráfico ou jogo de poder entre ditadores políticos. É inumerável o contigente de refugiados acampados, no meio do nada, esperando ajuda humanitária que não chega. É grande o número de meninas que são estupradas por terroristas diariamente em troca de comida e abrigo, e é enorme a gama de pessoas morrendo de desnutrição em diversos países.
A pobreza financeira dói, fere a dignidade e a consciência, nos fazendo lembrar como estamos administrando mal os recursos, onde tantos morrem de fome, enquanto outros jogam fora toneladas de comida diariamente. É uma guerra insana, um desafio para nações ricas ou pobres, E por mais que façamos, ainda há muito o que fazer!
Contudo, o mais triste é observar a principal causa de todas estas questões listadas acima: a pobreza ética e moral que nos assola, que envolve desde ações políticas a escolhas individuais. Para a pobreza ética, a sociedade não importa, o outro não é importante, e as relações humanas são instrumentos de negociação e poder.
Desde que nascemos, somos permeados por outras pessoas, somos formados e concebidos por outros. Somos dependentes do outro para nos cuidar e tratar, além de nos adjetivar e nos conceituar. Infelizmente, muitos se esquecem de quão dependentes já foram, maltratando famílias e parentelas que os amaram. Fazem bullying com colegas da escola e do trabalho, descartam afetos, e até mesmo desconsideram o amor de Deus.
Há os que são pobres de amor, que decidem não amar os que os amam. Os que são pobres de gratidão, devolvendo afrontas e desamor a familiares que os cuidaram.
Muitos são os pobres de honra, de ética, de vergonha, de valores. Roubam do bem público, investem pesado para destruir casamentos alheios, usam seus corpos como objeto de sedução para imoralidades, e destroem conceitos e valores familiares e bíblicos dentro de instituições de ensino.
Nossa sociedade precisa voltar aos princípios morais e éticos, e para tanto precisa voltar à Bíblia, e a tudo o que ela representa: o esteio moral e ético da humanidade. Carecemos revisitar e adotar princípios bíblicos como amar ao próximo, estender a mão ao necessitado, tratar o outro como superior a nós, andar uma segunda milha, engolir a afronta, dar a outra face, não deixar o sol se por sobre a ira, calar mais e falar menos, não julgar ou apontar o erro alheio, perdoar, respeitar a propriedade privada, fazer justiça ao injustiçado.
Só a riqueza dos ensinamentos bíblicos, internalizados no homem regenerado por Jesus, podem combater a pobreza moral e ética dos nossos tempos. Assim sendo, falemos de Jesus, sejamos exemplos de atos justos, e vivamos o que pregamos!
Elaine Cruz
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