“Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios se fartará. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Provérbios 18.20,21).
Queridos leitores, nesta passagem o escritor de Provérbios faz mais uma vez declarações muito fortes a respeito do uso das palavras. Só neste livro, existem cerca de 100 provérbios que abordam o uso apropriado e o uso impróprio da linguagem. Isso demonstra quão importante é o assunto, e como ele pode trazer consequências sérias à nossa vida.
Como acabamos de ler, as palavras aqui são comparadas a frutos, que podem ser bons ou maus. Com muita frequência, a escolha que fazemos de nossas palavras acabam determinando a qualidade da nossa vida. É exatamente isso que o sábio escritor está dizendo: “Sempre temos que comer o fruto das palavras que semeamos” (Bíblia Viva).
Jesus também empregou esta comparação ao falar das palavras, quando declarou: “...da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.43-45).
Quando falamos, revelamos aquilo que ocupa nossa mente e nosso coração. Quantas vezes percebemos que uma pessoa está aborrecida, ou magoada, pelo modo como ela fala? Já vimos em Provérbios que há palavras que são como pontas de espada (12.18), mas há outras que são como favo de mel (16.24 – “Favo de mel são as palavras suaves; doces para a alma e saúde para os ossos”).
Oh, queridos, como estamos semeando com as nossas palavras? Que possamos neste momento refletir um pouco sobre o tipo de semeadura que temos feito por meio daquilo que falamos, pois com certeza, teremos de colher seus frutos.
O v.21 ainda mostra de maneira mais impactante a seriedade do uso das palavras. Ele diz que as palavras que falamos têm poder de vida e de morte, isto é, podem abençoar ou podem amaldiçoar. O capítulo 10 de Provérbios contém muitas considerações acerca das palavras. Vejamos algumas:
v.11 – “A boca do justo é manancial de vida”;
v. 13 – “Nos lábios do sábio se acha a sabedoria”;
v. 19 – “...o que modera seus lábios é prudente”;
v. 21 – “Os lábios do justo apascentam a muitos...”
v. 32 – “Os lábios do justo sabem o que agrada...”.
Que o Senhor nos ajude, com a ajuda do querido Espírito Santo, a controlar os nossos lábios. Que possamos meditar mais acerca daquilo que vamos dizer, que possamos avaliar as consequências do nosso falar. Enfim, que sejamos responsáveis no abrir e no fechar de nossos lábios, pois se assim o fizermos, colheremos os seus bons frutos. Amém!
Judite Alves
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