Recomeçar

Temos um Deus que nos permite e nos ajuda a começar de novo todos os dias; suas misericórdias se renovam sobre nós a cada manhã. Cada dia de vida que temos é uma chance de reiniciar, retornar (Lm 3.22,23). Então, convido você para uma reflexão a respeito do recomeço na vida de três mulheres — Noemi, Rute e Orfa.

A história de vida dessas mulheres, narradas no livro de Rute, tem importantes lições para nós a respeito do recomeçar, do retornar. Não sei se você sabe, mas o livro de Rute é um dos mais encorajadores do Antigo Testamento. A leitura dessa obra nos faz ver a soberania divina, o controle de Deus na vida daqueles que nEle confiam. Por mais difícil que sejam as circunstâncias, quando confiamos no Pai temos a oportunidade, a chance de experimentarmos novos começos.

Certa vez, nos tempos dos juízes, aconteceu uma grande fome na Terra. Diante disso, Elimeleque, sua esposa Noemi e seus dois filhos (Malom e Quiliom) decidiram deixar Belém (que significa Casa do Pão) para peregrinarem pelos campos de Moabe. Lá, os rapazes se casaram com duas moabitas (Rute e Orfa). Parece que tudo ia bem, mas uma tragédia se abateu sobre eles. Os três homens da família morreram, restando apenas três viúvas. Então, começou um tempo de muitas dificuldades e provações, pois a condição social da mulher naquele tempo era bem difícil e diferente do nosso tempo. Elas eram sustentadas pelo marido e quando viúva pelos filhos e parentes; não havia trabalho fora do lar e muito menos previdência social. Mas essas mulheres não tinham filhos e estavam distantes de suas famílias. O que fazer? Diante de tantas dificuldades que essas mulheres estavam enfrentando a primeira indagação que nos vem à cabeça é: “Será que Elimeleque errou ao deixar Belém e ir para os campos de Moabe?” Então, a primeira lição que aprendemos com a história de Noemi, Rute e Orfa é que muitas vezes, embora tenhamos tomado a decisão certa, isso não significa que não vamos encontrar dificuldades. Coisas boas e ruins acontecem a todos, estando na direção de Deus ou não. Se Elimeleque tomou a decisão certa ou errada nós não sabemos, mas de uma coisa temos certeza: Deus não abandonou Noemi nem as suas noras. Ele não nos abandona no meio da tormenta! No meio do caos em que elas estavam vivendo, Deus dá a cada uma a chance de um novo recomeço. Muitos nos abandonam quando atravessamos momentos difíceis. Mas, Deus não!

Outra lição que podemos aprender com Noemi, Rute e Orfa é que para recomeçar, temos que fazer escolhas e tomar atitudes (Rute 1.6,7).

Contudo, fazer escolhas e tomar decisões não é fácil, principalmente em tempos difíceis, mas é necessário. Diante da tragédia, Noemi tinha que tomar uma decisão, embora ela tivesse apenas duas opções. Quantas opções você tem? Não importa o número de opções, o importante é que você precisa tomar decisões. Deixar tudo como estar, ficar no mesmo lugar ou retornar? Às vezes, nos acostumamos a determinadas condições adversas por medo de retornar, de começar novamente. Nessas horas sempre vem a nossa cabeça perguntas do tipo: “Mas se não der certo?” “Se tudo piorar?” “Eu não tiver forças suficiente?”

Noemi só tinha duas opções: voltar para Belém (que significa “casa do pão”), para o seu povo, seu Deus e recomeçar do zero ou continuar vivendo em Moabe, uma vida miserável, longe da sua terra, da Casa do Pão, longe do Senhor. Voltar para Belém significava voltar para perto de Deus. Talvez para algumas pessoas o fato de Noemi retornar para Belém pudesse significar vergonha e dor, pois todos iam ver sua miséria.

Noemi havia perdido um marido e dois filhos. As perdas nos desestruturam emocionalmente e Noemi teve perdas emocionais e financeiras significativas. Ela ficou desamparada economicamente e devastada emocionalmente, pois disse para suas noras: “Não me chamem mais de Noemi, mas de Mara.” Mara significa amarga. As perdas amargam nossa alma e nos fazem adoecer emocionalmente. Noemi não tinha ninguém a quem recorrer. Mas, ela toma uma atitude que mudou os rumos de sua vida: ela decidiu voltar para sua terra em busca do recomeço e pede para que suas noras retornem para suas famílias. Precisamos ter humildade para voltar atrás se preciso for.

O amor incondicional faz parte do recomeço (Rute 1.11-16)

Enquanto Orfa decide voltar para os seus familiares, Rute, por amor, abandonou o seu povo e os deuses dos moabitas para acompanhar a sogra (já idosa e falida). Por amor Rute decide recomeçar. Decidiu enfrentar uma mudança radical em sua vida, cortando os laços com o passado e até com a sua nação, para seguir com Noemi para Belém. Ela disse: “Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!” (v.16).  Esta é, com certeza, uma das maiores declarações de amor e de renúncia encontradas em toda a Bíblia. E é exatamente essa essência que deve caracterizar todos aqueles que decidiram um dia recomeçar uma vida nova com Jesus Cristo.

Confie que Deus pode lhe conceder um novo recomeço (Rute 4.13-17; Deuteronômio 25.5-10)

Deus disse em Deuteronômio 23.3 que nenhum amonita ou moabita entraria na sua congregação. Ainda assim, a fé que Rute tinha no Deus de Israel a salvou (mesmo sendo estrangeira e vinda de um povo idólatra). Ela permitiu que o Senhor lhe desse um recomeço e, como recompensa, se tornou mãe de Obede, bisavô de Davi. Rute teve coragem de recomeçar em uma nova terra, com costumes diferentes, pessoas diferentes.  Ela teve que recomeçar profissionalmente (catar espigar para sobreviver); recomeçar novos relacionamentos e até mesmo um novo casamento com Boaz. Todo recomeço é difícil, mas nunca se esqueça que com Deus é possível. Coragem!

De estrangeira e viúva, Rute se tornou integrante da árvore genealógica de Jesus (Mateus 1.5)! Quando Rute passou pelo pior momento de sua vida, ela tinha tudo para voltar para o seu povo idólatra, mas escolheu seguir os caminhos de Deus e, por isso, recebeu uma recompensa muito maior do que poderia imaginar.

Foi um recomeço de vida para Rute e para Noemi, a sogra amada. Contudo esse recomeço só foi possível porque elas tomaram uma decisão. Elas poderiam ter ficado onde estavam, se acostumado a dor, ao pó, a cinza. Infelizmente muitos se acostumaram a viver nas cinzas. Mudar é difícil e faz parte de todo recomeço. Por isso, por mais difícil que seja, tome uma atitude; se erga em Deus. Busque ao Pai, não desista da vida, dos seus sonhos, pois sua história, como a de Noemi e Rute, ainda não chegou ao fim e em Deus também terá um final feliz.

Por Telma Bueno
Ela é professora, jornalista, pedagoga, bacharel em Teologia, pós-graduada em Gestão Escolar e editora das revistas de Escola Dominical da CPAD (Jovens e Maternal).

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