Quantas vezes nós, como mães, esposas ou filhas, nos deparamos com situações em casa que parecem verdadeiras batalhas espirituais? A Bíblia nos conta em Marcos 7.24-30 a história de uma mãe que nos ensina muito sobre fé, discernimento e coragem ao enfrentar os gigantes que ameaçavam sua família.
Essa mulher era cananeia — ou seja, não fazia parte do povo judeu, não tinha formação religiosa e, provavelmente, conhecia pouco sobre o Deus de Israel. Ainda assim, ela teve fé suficiente para reconhecer que Jesus era sua única esperança. Sua casa estava incompleta, sua filha sofria, e sua alma ansiava por libertação.
Essa história é um retrato vivo de tantas famílias hoje: em busca de restauração, enfrentando dores silenciosas e clamando por intervenção divina.
O gigante da distância de Deus
Essa mulher enfrentava barreiras invisíveis: era estrangeira, e sua cultura a separava, aparentemente, da presença de Deus. Mas ela ouviu falar de Jesus — e isso bastou para mover seu coração em direção à fé.
Quando essa mulher se aproximou de Jesus, ela rompeu com a distância espiritual. E nós também podemos fazer isso: dar o primeiro passo, mesmo com o coração ferido, mesmo sem saber tudo. Deus honra os que o buscam com fé.
A Palavra nos assegura: “O mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam.” (Rm 10.12)
O gigante da indiferença espiritual
Aquela mãe sabia que o problema não era sua filha em si, mas o espírito que a atormentava. Quantas vezes perdemos tempo brigando com o que está na superfície e não com a raiz espiritual do problema? É preciso discernimento.
Essa mulher foi até Jesus e confessou sua dor. Ela se expôs, mostrou sua ferida. A confissão é o início da cura. Não dá para vencer batalhas espirituais com máscaras. Precisamos reconhecer a real situação, sem tentar encobrir a dor. Confessar é um ato de coragem e fé.
O gigante do orgulho
Quando Jesus respondeu à mulher de forma dura, dizendo que não era justo tirar o pão dos filhos e lançar aos cachorrinhos, ela poderia ter ido embora ofendida. Mas ela não deixou o orgulho falar mais alto. Ela preferiu lutar pela filha.
Quantas vezes o orgulho impede o perdão dentro de casa? Ou bloqueia nossas orações? Ou nos faz manter uma aparência que só prolonga a dor?
Aquela mulher escolheu a humilhação, mas diante da pessoa certa: Jesus. E Ele a recompensou, exatamente como a Palavra anuncia: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.” (Tg 4.6)
A vitória sobre os gigantes
A história dessa mãe nos mostra que, quando decidimos enfrentar os gigantes com fé, discernimento e humildade, Deus age com poder. E qual é o resultado? Libertação e cura para a família.
Se você tem enfrentado batalhas dentro da sua casa, não desista. Faça como aquela mulher: busque a Jesus com fé, confesse a dor sem medo e escolha a humildade. Deus está pronto para agir. A sua vitória pode estar a uma oração de distância.
Um grande abraço!
Flavianne Vaz
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