Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Vida Familiar e Vida Conjugal

Há muitos que confundem vida familiar com vida conjugal, como se os termos carregassem o mesmo significado. Na verdade, a vida conjugal é a base da vida familiar – toda família se inicia a partir do compromisso entre duas pessoas, que unidas vão somar recursos e projetos de vida, ter filhos e viver como uma célula social.

Assim sendo, não são os filhos que inauguram uma família, mas o casamento. Um casal já é uma célula familiar distinta das famílias de origem, com regras e estruturas familiares. 

A família é, portanto, uma instituição complexa, onde podem coexistir três relações diferentes e interdependentes. 

A primeira é a relação conjugal que acontece entre o casal adulto, em que se aprende a partilhar afetos, sonhos e projetos. Conjugar a vida é aprender diariamente a conhecer melhor o cônjuge, partilhando todas as fases e momentos de vida do outro. A relação conjugal também forma nos filhos as concepções de família, afeto conjugal e de casamento. Pais mais entrosados, que trocam carinhos (não carícias) na frente dos filhos, e que vivem uma unidade conjugal, formam filhos mais equilibrados social, espiritual e emocionalmente, além de maduros para envolvimentos afetivos posteriores. 

A relação conjugal deve ser reverenciada como a relação mais importante após a conversão: O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido. Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido. Estou dizendo isso para o próprio bem de vocês; não para lhes impor restrições, mas para que vocês possam viver de maneira correta, em plena consagração ao Senhor. (1 Coríntios 7.32-35).

A relação conjugal ainda evidencia o relacionamento espiritual dos cônjuges, pois o bom entrosamento de ambos reflete, inclusive, nas suas orações: Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações. (1 Pedro 3.7). A relação conjugal é, ainda, fundamental para o exercício do ministério sacerdotal e parental: É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.

Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?  (1Timóteo 3.2-5). 

A segunda é a relação parental, que acontece entre pais e filhos, e forma as noções de autoridade e submissão, bem como os ensina a obedecer normas, respeitar os mais velhos e adaptar-se às doutrinas e regras sociais e emocionais. Na sociedade atual, onde a mídia subverte a educação dos pais, a construção da autoridade paterna e materna, sadia e firme, é de fundamental importância.

A terceira é a relação filial, que acontece entre irmãos, e forma nos filhos a habilidade de trocar, negociar e partilhar. Ensina a convivência com os pares, primeiramente com os irmãos, passando pelos amigos da rua e da escola, e chegando até aos membros da igreja, e aos futuros colegas de trabalho e sócios na vida profissional.

As relações parental e filial se originam da relação entre os cônjuges. Portanto, o cuidado com a vida conjugal é fundamental, sendo o espaço para iniciar, tratar e renovar nossas famílias.

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

E se…?

Escrito por Elaine Cruz
E se…?

Ao viajar pelo interior de Portugal, é comum encontrarmos pequenas aldeias, com muitas par...

Lança o teu pão! 

Escrito por Elaine Cruz
Lança o teu pão! 

Estou escrevendo este artigo diretamente da cidade do Porto, em Portugal. Deste país,...

Uma palavra às solteiras

Escrito por Elaine Cruz
Uma palavra às solteiras

Embora vivamos em um mundo dito avançado, alguns países promovem casamento forçado, ainda...

Em uma próxima vez…

Escrito por Elaine Cruz
Em uma próxima vez…

Minha bisavó materna nasceu na cidade de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro. A des...

Renove-se!

Escrito por Elaine Cruz
Renove-se!

O Salmo 139, que é um dos meus prediletos, afirma no verso 14: Eu te louvo porque me fizes...

Saudades constantes 

Escrito por Elaine Cruz
Saudades constantes 

É muito comum, quando as pessoas perdem uma pessoa que amam, especialmente quando estas fa...

Ser Mulher

Escrito por Elaine Cruz
Ser Mulher

Minha avó materna teve uma infância difícil, trabalhando muito em casa para apoiar os irmã...

 

 

SOBRE


Com o objetivo de ajudar as mulheres cristãs da atualidade, a CPAD prepara um presente especial para elas: o site de conteúdos Mulher Cristã. O novo espaço feminino vem repleto de conteúdos inéditos, sempre com temas voltados para as mulheres cristãs de nossos dias.

©2024 CPAD: Av Brasil 34.401 - Bangu - Rio de Janeiro - CEP: 21852-002 - Brasil - CNPJ 33.608.332/0001-02. Designed by CPAD.