Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Uma palavra às solteiras

Embora vivamos em um mundo dito avançado, alguns países promovem casamento forçado, ainda na infância, de cerca de 44% da população feminina infantil. Em outros, como resultado de ações terroristas ou práticas religiosas, milhões de adolescentes são obrigadas a se casar anualmente — muitas delas sendo esposas secundárias, com o intuito de prover filhos para o marido bígamo.

Isto sempre me surpreende, pois sempre pondero que o que determina o futuro de muitas delas, é simplesmente a cultura ou o país de nascimento em que estas meninas nascem!

Mesmo no mundo ocidental, até alguns anos atrás, as mulheres que não se casavam eram vistas como diminutas, como se fossem incapazes de conseguir um marido.

O triste é que, especialmente para aquelas que moram em localidades onde há mais mulheres do que homens, não se casar é, logicamente, uma probabilidade a ser considerada. Ainda assim, as que “ficavam para a titia” eram vistas como incompetentes e incompletas.

Há algumas décadas atrás, com a emancipação feminina, quando mais mulheres aderiram ao mercado de trabalho e galgaram independência financeira e emocional, a situação começou a mudar.

E hoje, pelo menos no mundo ocidental, onde a escolha pessoal ainda prevalece, temos um grupo de mulheres que não veem o casamento como a única saída para a emancipação sócio-econômica, e que estão fazendo a opção de manter o status de solteiras.

A verdade é que a cada nova geração cresce o número de mulheres que decidem permanecer sem se casar. Fazem a opção de organizar a vida pessoal, profissional e ministerial, de forma tal que não vivem à procura de homens para serem provedores financeiros ou emocionais.

Algumas já foram casadas, mas foram machucadas e escolheram ficar sós. Outras nunca se casaram, mas assistem suas amigas e irmãs casadas vivenciarem as consequências de escolhas erradas. E ainda há aquelas que até desejam casamento, mas fizeram a decisão sabia de só se envolverem com um homem que chegue pronto, maduro, estável profissionalmente e realmente temente a Deus – combinação cada vez mais rara.

Vivenciar um bom casamento é resultado de escolhas acertadas, decisões diárias por perdão e renúncia, busca pelo amor Storge sacrificial à família constituída, e subserviência e dependência da benção de Deus. E isto ainda precisa acontecer por parte de ambos os cônjuges, pois casamento pressupõe a conjugação do resultado das ações e escolhas de duas pessoas.

Não viver um bom casamento é algo que machuca a existência humana. Acordar ao lado de quem machuca a alma, viver a vida com alguém inconsequente, e ser ferido pelas escolhas de uma pessoa que votou amar e não ama, é algo que traz uma dor indelével. Assim sendo, na impossibilidade de encontrar um homem honrado, ficar solteira é uma acertada opção, mesmo se temporária.

Se você pretende tomar desta decisão, porém, três questões precisam ser avaliadas. A primeira é aprender a lidar com as críticas alheias. Muitos familiares e amigos podem não compreender a decisão de parar de “procurar” alguém para casar. Há sempre aqueles da parentela que se colocam como casamenteiros, e que podem demorar a entender que, por mais que você não esteja fechada a possibilidade do casamento, não está desesperada ou achando que sua existência está incompleta.

A segunda questão a ser resolvida é buscar ter uma vida com propósito, com metas e atribuições que lhe complementam emocional e profissionalmente. Estar solteira pode ser uma opção, mas não é castigo ou um cargo a carregar.

E em terceiro lugar, enquanto cresce profissionalmente, ocupe-se com a obra de Deus. Há muito a que fazer para Deus, e muitos projetos missionários ou ministérios locais são mais adequados para pessoas solteiras: Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido. (1 Coríntios‬ ‭7‬:‭34‬).

E não tenha vergonha do seu estado civil, não aceite brincadeiras ou indiretas que firam sua alma, e nem se precipite se envolvendo com pessoas erradas.

Se você serve a Deus, ele sabe perfeitamente quem servirá pra você!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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