Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Brilho Celeste

Muitos pais e educadores cristãos declaram que na adolescência os filhos se desviam da igreja. É certo que as festas, as amizades, os apelos sensuais e os discursos politicamente corretos influenciam, trazendo a ilusão de que viver para o mundo é mais interessante do que viver para Deus. Contudo, como já disse Salomão, tudo no mundo é vaidade: uma ilusão passageira, cuja utopia cobra um preço alto, a ser pago em uma vida terrena vazia e em morte eterna.

Graças a Deus, tendo nascido em um lar evangélico, nunca sequer cogitei me afastar de Deus e da sua Casa. Minha adolescência foi muito bem vivida na igreja. Participei de inúmeros congressos e retiros, sempre cercada de muita músicas e amigos evangélicos, e sempre disposta para trabalhar na igreja e frequentar os cultos com minha família.

Uma das músicas que o Conjunto de adolescentes da minha igreja cantava era chamada Brilho Celeste. Me lembro de ensaiar os contracantos e de tirar as cifras para tocá-la em meu violão. Era uma música alegre, com uma letra muito forte:

Peregrinando vou pelos montes
E pelos vales, sempre na luz!
Cristo promete nunca deixar-me
Eis me convosco, disse Jesus 

Brilho celeste, brilho celeste!
Enche a minha alma, a glória de Deus
Com aleluias sigo cantando
Canto louvores indo pros céus 

Sombras à roda, nuvens em cima
O Salvador não hão de ocultar
Ele é a luz que nunca se apaga
Junto a seu lado sempre hei de andar 

Vão me guiando raios benditos
Que me conduzem para a mansão
Mais e mais perto, o Mestre seguindo
Canto os louvores da salvação 

Esta canção me marcou por um fato interessante: Quando eu estava com treze anos eu recebi um convite de uma colega da escola para participar de seu aniversário. Eu sabia que não era um ambiente evangélico, mas ainda assim insisti com meus pais para participar. Eles acabaram cedendo, delimitando horários para me deixar e me buscar.

Quando eu cheguei na casa da aniversariante, a despeito de ser uma festa familiar, o clima da festa era de discoteca, com luzes escuras e musica alta. Me senti completamente deslocada, e tudo ficou ainda pior quando uma colega de classe me disse: "Quando eu olho pra você eu vejo uma luz brilhando dentro de você! Como é que você consegue ter uma luz interna?

No mesmo instante eu disse a mim mesmo: "É o Brilho Celeste!

Sempre me emociono ao me lembrar deste fato. Nós somos luz, refletimos a luz de Cristo neste mundo de trevas, e não podemos deixar de brilhar. Não devemos estar escondidos, mas precisamos iluminar o mundo. Como Jesus afirmou: "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. (Mateus 5.14-16).

O fato de ter o Brilho Celeste, me fez repensar o meu lugar, as minhas escolhas e vontades. Aprendi que não é em todo lugar que eu posso estar, e que não devo me esforçar para agradar mais a amigos do que a Deus. Desde então, priorizo estar onde Deus está, fazer o que Ele deseja e valorizar a Glória de Deus que enche a minha alma!

Peregrinamos por desertos, montes e vales, cercados por sombras à roda e nuvens em cima. Contudo, as trevas deste mundo não anulam a luz da Cristo e a mensagem da cruz. Afinal, a Luz bendita e nos conduzem para a mansão, e podemos seguir cantando os louvores da salvação:

Brilho celeste, brilho celeste!
Enche a minha alma, a glória de Deus
Com aleluias sigo cantando
Canto louvores indo pros céus!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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