Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Valorizando os Outonos da vida

O outono é a minha estação preferida. O calor do verão se despede devagar, e o frio no final do dia e na madrugada tornam as noites muito aprazíveis. No outono, os dias ficam claros e limpos. Com as temperaturas mais amenas, é mais agradável aproveitar o dia e o saborear o frescor das noites.

Temos a tendência de gostar dos verões, dos momentos alegres e quentes. Estes podem ser comparados às efemérides: datas que consideramos importantes, fatos que devem ser comemorados, viagens a serem lembradas nos detalhes, fatos bons que se tornam inesquecíveis. Relembrar é viver, e todos precisamos de boas lembranças. A Bíblia já afirma: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lm 3.21).

Por outro lado, há muitos que decidem se apegar aos invernos da vida. Estão sempre se machucando com as memórias dolorosas do passado, trazendo à mente fatos que feriram a existência. Escolhem pensar nos relacionamentos que não deram certo, nos ditos amigos que traíram, nas pessoas falsas que os decepcionaram. Elegem preferencialmente os assuntos sobre doenças e tragédias pessoais, e desenvolvem o triste hábito de abraçar as tristezas e dissabores, se tornando incrédulos, pessimistas e sombrios. São pessoas frias afetivamente, com as mentes cheias de névoas que trazem inseguranças e medos, e que carregam neves congelantes para seus relacionamentos.

Na vida, também precisamos considerar os outonos – momentos amenos que vivemos, onde nada é muito extremo, mas podemos usufruir do cotidiano com tranquilidade, sem muitas surpresas na rotina.

Sei que há muitos que depreciam a rotina e a normalidade. Mas quando aprendemos a valorizar uma rotina estabelecida na normalidade da vida, nos tornamos mais tranquilos.

A rotina nos ajuda a organizar nossas emoções, retirando as expectativas desnecessárias que a vida desorganizada acarreta. É bom acordar tendo, pelo menos, uma perspectiva de como será o dia, como se desenvolverão as nossas tarefas e atribuições. É bom saber pra onde voltar e poder planejar nossas noites em família, nosso tempo dedicado à Obra de Deus, e nossos momentos com o cônjuge que namoramos.

Nossos filhos e netos precisam de rotina. Boa parte da agitação deles se resolve quando a casa tem regras fixas, e horários estabelecidos para comer, tomar banho, executar tarefas escolares, brincar e dormir. E nós, adultos, merecemos momentos calmos, em que assumimos o controle dos horários, do controle remoto e até mesmo de quanto tempo vamos nos dedicar às redes sociais.

É bom fazer coisas normais, como levantar, comer, escovar dentes, aproveitar uma refeição frugal e poder dormir na hora devida. Muitas vezes, só quando adoecemos e perdemos o prazer ou a possibilidade de nos alimentarmos, ou de levantarmos da cama sozinhos, é que valorizamos as coisas simples da vida. Há muitas coisas que reputamos como normais, mas que são bençãos de Deus, que não valorizamos ou agradecemos como deveríamos.

Os dias amenos, tranquilos e práticos, em que nada grande ou assustador nos acontece, são em maior número dos que os dias lembrados com pesar ou alegria. Assim sendo, enquanto nos fortalecemos para os vales, ou esperamos os dias ensolarados e quentes, devemos aprender a agradecer pelo simples, pelo cotidiano e pela amenidade dos dias comuns.

Que Deus nos ensine a valorizar todos os dias da nossa vida, e de tal maneira, que alcancemos corações sábios. (Salmos 90.12).

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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