Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Árvores frutíferas

Tive o privilégio de nascer na cidade de Osasco. É uma cidade no entorno da grande São Paulo, mas que na minha infância ainda era sossegada e segura, com muitas árvores e ruas tranquilas. Sei disto porque eu ia andando para a escola, caminhando pelas ruas com muitos amigos, e eu e minha família voltávamos da igreja todos os dias, bem tarde da noite, também sempre acompanhados por outras famílias.

Em muitas destas noites, vínhamos cantando hinos da Harpa Cristã, ou diversos corinhos, atravessando muitas ruas silenciosas até chegarmos em casa.

Como morávamos mais no centro da cidade, minha casa não tinha muitas árvores, mas muitos parentes e diversas famílias da igreja moravam em casas com quintais amplos, que continham diversas árvores. Assim sendo, subir em árvores era algo bastante comum pra mim, especialmente para colher frutas, como manga, pitanga, goiaba, mexerica, maçã ou laranja. Mesmo eu não sendo do tipo das crianças mais corajosas, que escalavam os galhos mais altos, era muito bom sentar no galho e comer as frutas no pé, ou saborear aquelas que alcançávamos mais facilmente, como morangos, jabuticabas ou uvas.

Quando as árvores eram mais altas, atirávamos pedaços de paus ou até mesmo pedras para tentar fazer com que os frutos maduros caíssem das árvores. E quando conseguíamos, comemorávamos!

Até hoje gosto de frutas, especialmente das mais doces ou suculentas, como manga, abacaxi, figos, caquis e laranjas. Não subo mais em árvores, nem atiro mais pedras para colher frutos maduros, mas guardo as lembranças doces das travessuras da infância. Hoje eu escolho frutas nos mercados, e é sempre bom observar as cores e sentir os diversos aromas que as identificam.

A Bíblia afirma que precisamos ser árvores frutíferas: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! (Salmo 1.1-3); Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto". (Jeremias 17.7,8); Sua esposa será como videira frutífera que floresce em seu lar. Seus filhos serão como brotos de oliveiras ao redor de sua mesa. (Salmo 128.3).

Árvores frutíferas concentram crianças e adultos ao seu redor para saciarem a fome. Elas alimentam o corpo e a alma de inúmeros viajantes, quando longe de casa. Elas servem de sombra contra o calor. Árvores frutíferas abençoam ricos e pobres, e adoçam nossos dias festivos ou amargos.

Por outro lado, especialmente porque são árvores frutíferas, muitas vezes, elas recebem pauladas e pedradas. Afinal, há frutos que aguçam a fome voraz de muitas pessoas – e outros são tão lindos que causam inveja às árvores alheias. E, é claro que agora escrevo de forma metafórica!

Ninguém inveja um casamento quebrado ou uma família destruída. Ninguém deseja a vida de pessoas infelizes, ou anseia pela dor de mães que choram por causa de filhos egoístas e maldosos. As pessoas invejam os frutos bons, desejam os frutos doces que cultivamos ao longo de uma vida reta diante de Deus.

Portanto, esteja atenta aos seus frutos. Cuide bem dos seus atos, do seu matrimônio, dos filhos e netos doados por Deus para sua alegria. Limpe e acondicione os seus frutos, que são resultados de uma vida profissional e/ou ministerial dedicada e disciplinada. Ofereça aos outros parte da sua colheita, mas reserve para Deus o melhor dos seus frutos.

Só não se assombre com as pedradas. Lembre-se: Ninguém atira pedras em árvores sem frutos bons. Portanto, mesmo quando machucados, sigamos frutificando o Melhor!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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