A história de Ana é um exemplo de oração persistente. Ela era estéril em uma época em que a maternidade definia o valor social de uma mulher. Além disso, convivia com a provocação cruel de Penina, a outra esposa de seu marido Elcana, que a irritava profundamente: “E a sua competidora excessivamente a irritava para a embravecer, porquanto o Senhor lhe tinha cerrado a madre” (1Sm 1.6).
No entanto, em lugar de se render à amargura, Ana escolheu uma via poderosa: a oração persistente e entrega incondicional ao Senhor. Sua trajetória oferece profundas lições para todos os que enfrentam provações e esperam por respostas que parecem demorar. A seguir, vamos juntas refletir e colher ensinamentos de persistência e fé com a experiência de Ana.
Perseverança em meio à dor
Ana enfrentava uma série de desafios emocionais e espirituais: a esterilidade, a provocação da rival, a incompreensão do marido e até o julgamento do sacerdote Eli. Sua dor era real e profunda. A Escritura Sagrada descreve que "com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou muito" (1Sm 1.10).
Diante de repetidas ofensas e frustrações e do aparente silêncio de Deus, muitos perdem a esperança e desistem da fé. Porém, Ana nos ensina que a dor pode nos empurrar para mais perto do altar, e não para longe dele. Ela perseverou em oração mesmo quando a resposta parecia impossível.
Oração com propósito e entrega
Em sua oração, Ana não apenas pediu um filho — ela fez um voto, demonstrando um coração totalmente entregue à vontade de Deus: “Se atentares para a aflição da tua serva… eu o darei ao Senhor por todos os dias da sua vida” (1Sm 1.11). Sua oração era sincera, fervorosa e cheia de propósito.
Muitas vezes oramos pedindo bênçãos apenas para nosso próprio conforto. Ana nos desafia a alinhar nossos desejos com os propósitos eternos de Deus. Quando oramos com o coração voltado para glorificar o nome do Senhor, nossa fé se transforma em verdadeira adoração.
Fidelidade ao cumprir a promessa
Após receber o milagre, Ana não hesitou em cumprir o voto que fizera ao Senhor. Assim que o menino foi desmamado, ela levou o pequeno Samuel ao templo e o entregou ao Senhor, conforme prometido em oração. Ela não reteve o presente divino, mas o consagrou totalmente a Deus.
Infelizmente, muitos ao alcançarem bênçãos, esquecem dos votos feitos em tempos de angústia. Ana demonstra que a fidelidade a Deus deve ser mantida mesmo após a resposta da oração. Cumprir o que prometemos ao Senhor é uma demonstração de caráter e gratidão verdadeira.
Dessa forma, Ana não obteve apenas um filho, ela se tornou mãe de um dos maiores profetas de Israel. Sua história nos desafia a perseverar, orar com propósito e cumprir com fidelidade tudo o que prometemos ao Senhor. Que, como Ana, possamos também derramar nossas almas diante de Deus
Queridas, Deus vos abençoe, até mais!
Dirlei Baptista
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