Ser mãe não é apenas um papel biológico, mas uma missão espiritual, concedida por Deus como bênção e privilégio. Desde o princípio da criação, o Senhor envolveu a mulher em Seu plano eterno, ao confiar-lhe a sublime tarefa de cooperar com a geração da vida. A maternidade é um dom divino, carregado de propósito, honra e responsabilidade diante do Criador. Nesta semana, quando celebramos o “Dia das Mães”, este artigo apresenta a dádiva e os privilégios da maternidade.
A Maternidade no Plano Criacional de Deus
Desde o Éden, Deus estabeleceu o princípio da multiplicação como parte do Seu mandato criacional: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Para isso, criou a mulher como auxiliadora idônea, capaz de gerar vida. Adão a reconheceu como “Eva”, por ser “a mãe de todos os viventes” (Gn 3.20). A capacidade de conceber não é fruto do acaso, mas uma concessão da graça divina. A maternidade, portanto, não é uma construção social, mas um desígnio celestial. É Deus quem abre e fecha a madre, e é Ele quem concede às mulheres o dom de participar do milagre da vida.
A Dor da Esterilidade e a Esperança em Deus
Na história bíblica, encontramos mulheres justas que enfrentaram a dor da esterilidade. Sara, Rebeca, Raquel, Ana e Isabel conheceram o sofrimento íntimo de não gerar filhos, sendo muitas vezes incompreendidas e humilhadas. Contudo, Deus ouviu o clamor dessas mulheres e as visitou com Seu favor. Seus ventres outrora fechados foram abençoados com filhos que se tornaram instrumentos de bênção e cumprimento das promessas divinas. Essas histórias nos mostram que a maternidade, mesmo quando tardia ou impossível aos olhos humanos, pode ser restaurada pela intervenção de Deus. Ele transforma a vergonha em honra e faz da esterilidade um testemunho de Seu poder.
A Sacralidade da Vida e a Missão da Mulher Cristã
A vida concebida no ventre é sagrada e conhecida por Deus desde o princípio. O feto é uma pessoa, e interromper intencionalmente essa vida é pecado diante do Senhor. A mulher foi criada para gerar, cuidar e nutrir, sendo a maternidade parte da sua identidade e dignidade. Isso não a diminui, mas a eleva diante de Deus e da sociedade. A resposta de Maria ao chamado divino — “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1.38) — é modelo de fé e submissão para todas as mulheres. Ao aceitar carregar o Salvador em seu ventre, Maria entoou um cântico de louvor, reconhecendo que, mesmo em sua simplicidade, havia sido agraciada com a mais nobre das missões.
Portanto, ser mãe é mais que uma função biológica — é um chamado divino, uma expressão do amor e da criatividade de Deus. A maternidade revela a participação da mulher no plano redentor de Deus, e nenhuma vocação é mais nobre do que cooperar com o Criador na geração e formação de vidas. Que cada mãe reconheça seu valor e glorifique a Deus por tão preciosa dádiva. Feliz Dia das Mães!
Queridas, Deus vos abençoe, até mais!
Dirlei Baptista
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