Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Frutos na velhice 

Há algumas coisas que fazemos com mais facilidade quando somos jovens, como aprender a andar de bicicleta, encarar um acampamento dormindo ao relento, ou simplesmente encarar a velocidade de uma montanha-russa.

Com a chegada da idade, preferimos o som mais ameno, comparado ao volume em que ouvíamos as músicas quando adolescentes. Preferimos o conforto do ar-condicionado e a tranquilidade da casa, ao invés do sol escaldante ou do atropelo ao encarar um shopping cheio de gente. Afinal, ao longo dos anos vamos perdendo muitas funções bioquímicas e cognitivas que nos fazem preferir as coisas um pouco mais amenas. 

A partir dos trinta anos, há perda de massa muscular impactando força e mobilidade. A espessura da derme e epiderme diminui, ocasionando perda de elasticidade e colágeno, resultando em rugas e flacidez.

A densidade óssea também diminui, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. E ao mesmo tempo, nas articulações ocorre a degeneração da cartilagem, causando dores e rigidez.

Há ainda a redução da capacidade funcional de órgãos como rins, pulmões, coração e cérebro, e a função cognitiva entra em declínio, especialmente quanto à memória e velocidade de processamento. Isto sem falar do envelhecimento dos folículos capilares, levando à perda de cabelo, embranquecimento e afinamento.

Parece ruim? Sim… mas não é o fim. Não para aqueles que são justos e depositam sua confiança em Deus! 

A Bíblia afirma que: Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes. (Salmos‬ ‭92‬:‭12‬-‭14‬). Quando estamos em Deus, Ele continua usando nossas habilidades, e nos chamando para realizar coisas novas na vida, mesmo na velhice. Moisés foi chamado como libertador por volta dos oitenta anos de vida, Calebe assume sua parte da promessa da Terra aos oitenta e cinco anos, e Abraão foi pai aos cem anos! Portanto, se você não chegou aos cento e vinte anos, ainda há o que vivenciar! Todos convivemos com pessoas super ativas em suas profissões e ministérios com mais de setenta. Conheço uma senhora que se formou em medicina aos 75 anos. Um casal que iniciou um ministério maravilhoso com a terceira idade quando ambos já estavam com mais de 80 anos. E tenho uma tia que saltou de asa delta para comemorar os seus 80 anos!

Se você já chegou na velhice, não use sua idade para limitar o que Deus ainda pode fazer através de você. E também não se acanhe com a desculpa de que “já estou velho(a) para fazer isso”.

Cuide da sua saúde, adapte suas atividades cotidianas, e faça exercícios físicos para que seu corpo possa acompanhar sua mente ativa. E continue planejando viagens, atividades e momentos para aproveitar os frutos do seu trabalho e do seu afeto ao longo dos anos. 

Abrace a vida com alegria, mesmo ciente de que viverá menos do que já viveu. Lide bem com as restrições da idade, como caminhar mais devagar, ou comer e dormir menos, e se adapte ao que você pode fazer, sem gastar tempo reclamando do que não pode! 

Organize as finanças e a distribuição dos seus bens aos herdeiros, e aproveite o afeto em família. Refaça os laços perdidos com seus parentes, alcançando os que estão afastados da fé, e aproxime-se de seus filhos e netos, deixando a eles o legado do aprendizado acumulado ao longo da sua vida com Deus. 

Se tiver a benção de ter seu cônjuge ao seu lado, continue namorando, com gentileza e muitos risos, abraços e beijos, mesmo que com menos atividade sexual. Não solte as mãos da pessoa que escolheu você para conjugar a vida, e que deverá ser a última que você verá antes de fechar seus olhos todas as noites. 

Acima de tudo, permaneça plantado na Casa do Senhor, florescendo em seus átrios, e lembre-se: Ainda há frutos viçosos a serem colhidos na sua vida!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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