Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Vença o mau humor! 

O humor vem sendo estudado com afinco nos últimos anos. Hoje sabemos que ele pode sofrer influência da bioquímica corporal, das vivências acumuladas no meio físico-social, e das escolhas pessoais relacionadas com a qualidade de vida que pretendemos. 

Para a psicologia, enquanto as emoções são resultados de um fator externo e duram um curto período de tempo, os humores se diferenciam das emoções porque se prolongam por um longo período de tempo. Nesta perspectiva, a psicologia e a psiquiatria diagnosticam vários tipos de humor, identificando o irritável, eufórico, bipolar, exaltado, etc., sempre buscando caminhos para a estabilidade emocional do indivíduo.

Consideramos uma pessoa bem humorada quando ela é disposta, risonha, ativa, gentil, tranqüila, alegre, mansa e pacífica. E consideramos mal humorada uma pessoa indisposta, irritadiça, grossa, iracunda, resmungona, fechada e intransigente. 

Entretanto, há pessoas que são conhecidas pelas alterações de humor, que podem se tornar frequentes e repetitivas por períodos de tempo, classificadas como Transtornos de humor. Algumas das causas dos transtornos variáveis de humor podem ser: a alta dose de estresse cotidiano; o prejuízo do sono devido ao tempo gasto em redes sociais e jogos virtuais; o consumo de substâncias lícitas que interferem no humor, como remédios para emagrecer e cafeína; o uso de drogas ilícitas; e a oscilação hormonal, especialmente a feminina. 

Os transtornos de humor precisam ser muito bem diagnosticados. Eles atingem cada vez mais as crianças, e quem tem uma problemática bioquímica precisa fazer uso de remédios, cuja função é estabilizar o humor.

Contudo, a grande maioria das pessoas não possui transtornos de humor. Elas são mal-humoradas por hábito ou por opção, muitas vezes nem percebendo o quanto podem se tornar difíceis no dia a dia. Fazem escolhas por dormir pouco, por se manterem nas redes sociais horas seguidas, dormem e acordam agarradas a aparelhos celulares, ou usam drogas para emagrecer ou para ampliar a musculatura, que acabam afetando a qualidade da vida emocional. 

A verdade é que é muito difícil conviver com uma pessoa mal-humorada. Aliás, a Bíblia nos adverte a, se possível, nos afastarmos delas: Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal. (Provérbios 22.24,25). 

Quando o mal-humorado não é da nossa família, é mais sábio não confrontá-lo, a não ser que ele reconheça seu dilema e peça ajuda. O problema é que o mal-humorado pode ser o cônjuge, um filho, um genro, um membro da igreja, o chefe da empresa ou um vizinho próximo! Nestes casos, precisamos conviver com a intransigência e o resmungar alheio, e muitas vezes nossa qualidade de vida fica comprometida. 

Uma coisa é certa: necessitamos trabalhar o bom humor dos membros da nossa casa. Quando os filhos são mal-humorados, os pais precisam equilibrar primeiro seu humor, para então tratarem do mau humor absorvido pelos filhos. E no caso de cônjuges mal-humorados, respostas como “eu sou assim mesmo”, “desde criança meu humor é ruim”, “é meu jeito de ser’, devem ser confrontadas, pois sempre podemos melhorar quem somos, abrindo mão da teimosia e acatando um pouco mais o ponto de vista de outras pessoas. É um exercício diário, que precisa persistir por anos, para que novos hábitos sejam estabelecidos na personalidade de quem decidiu mudar. 

A beleza do evangelho e da ação do Espírito Santo em nós, é que temos à disposição graça e sementes de mudança. Quando uma pessoa resmungona é advertida pelos que a amam, ela precisa entender que necessita buscar amabilidade para sua vida. Pode passar a considerar mais as bênçãos e o que dá certo no cotidiano, decidindo frutificar benignidade, inclusive escolhendo palavras mais doces e confiantes. 

Porém a questão principal é: e quando nós somos os mal-humorados? Bem, o primeiro passo é conseguir se identificar, que é a primeira e a mais difícil das etapas. O segundo passo é resolver mudar!

Se seu humor varia muito, com intervalos regulares, a ponto de nem você mesmo saber com que tipo de humor vai acordar no dia seguinte, busque ajuda com as pessoas próximas. Comece a observar quais são as atividades que tem feito a noite, e que precisam ser alteradas: tem assistido telejornais violentos? Está se irritando muito nas redes sociais? Dorme com a televisão ligada? Se alimenta mal ou usa muita cafeína a noite? Briga com o sono? Guarda raivas desnecessárias? 

Reveja suas escolhas cotidianas, afaste-se do que deixa você irritadiço e evite o que lhe tira o sono. Não queira ser pesado para as pessoas que amam você. E se preciso for, busque ajude médica. 

Lembre-se que o nosso mau humor afeta os outros, transformando o ambiente do lar, e alterando o ânimo e a alegria das pessoas que amamos. E, acima de tudo, ore e se esforce para frutificar amabilidade, para ser gentil e alegre. 

Lembre-se: devemos ser imitadores de Cristo que, certamente, era amável, bondoso, e muitíssimo bem-humorado!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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