Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Quarentena em família

É sempre muito bom ficar em casa. Sempre esperamos ansiosos pelo final de semana,  calculamos quando poderemos organizar armários e gavetas, e ansiamos pelas férias para poder estar com os filhos e cônjuges.

Em tempos do coronavírus, em alguns estados do Brasil (e, possivelmente, por todo o Brasil por alguns dias), estamos tendo a oportunidade de conviver em família, onde a grande maioria das pessoas está em casa – só que de forma forçada, não planejada financeira ou organizadamente e, portanto, com uma serie de apreensões econômicas e administrativas. 

Profissionais da área da psicologia apontam para o aumento de crises de ansiedade, surtos de depressão e conflitos familiares. Muitos ansiosos porque se não trabalham não ganham. Outros preocupados porque precisam pagar empregados, mas tiveram que fechar suas lojas e empresas. Casais se organizam para dar conta de filhos por 24 horas, sem a opção do apoio da creche ou da casa dos avós, que precisam se preservar por causa da idade. 

Para os cônjuges que fazem da casa um simples hotel, onde só voltam no final do dia para se alimentar, tomar banho e dormir, conviver o tempo todo com seu par exige aprendizado e parceria. Na verdade, pode ser um excelente momento para voltarem a conversar sobre as prioridades familiares e sobre a fragilidade do relacionamento e da vida. Para muitos será importante observar a rotina doméstica, os afazeres da casa e os cotidianos do cônjuge que fica em casa. 

Mesmo que de forma imperiosa, é hora dos pais se voltarem para seus filhos. Eles não estão de férias, não podem ir à piscina ou ao parque, e estão com toda energia a ser gasta dentro de casa. Assim sendo, jogos, brincadeiras e atividades lúdicas (esconde-esconde, adedonha para trabalhar o alfabeto, telefone sem fio, mímica, amarelinha, varetas, batata-quente, passa anel, Stop, estátua, dentre outras) são importantes. Bem como realizar cultos domésticos, relembrando canções antigas e ensinando ritmos ou instrumentos musicais.  

Os tempos estão difíceis, mas podemos aproveitar o exemplo da situação econômica para conversarmos com nossos filhos mais velhos, calmamente,  sobre o uso do dinheiro e a importância de aprenderem a poupar e a pensar sobre seus futuros profissionais. E como estamos em uma fase de tantas fake news, pode ser um bom momento para conversarmos sobre o uso racional das mídias e sobre a veracidade das informações que recebemos.  

Os armários merecem ser arrumados. As gavetas necessitam serem organizadas. Podemos fazer a tão esperada faxina. Mas não nos esquecemos do principal: aproveitar o momento atual para aprofundar ainda mais os laços de amor e unidade familiar. Portanto, brinque com seus filhos, traga as crianças para o quarto, abrace bastante seu cônjuge, veja filmes bem selecionados com toda a família, e se permita saborear um doce ou bolo bem saboroso.  

Acima de tudo, dedique-se também à oração. Muitos templos tiveram que fechar suas portas para evitar o contágio dos seus membros. Mas devemos orar em casa pela nossa família, pela parentela, pela economia doméstica e nacional, pelos milhares de doentes apavorados com o desenrolar dos sintomas, e pelas famílias enlutadas ao redor do mundo. 

O mundo já passou pela peste negra (1333-1351) que deixou mais de 50 milhões de mortos. Também já vivenciou pandemias de gripe (1580), de cólera (1816), da tuberculose (1850), da gripe russa (1889), da varíola (1850), e da gripe espanhola (1918). Mas esta geração não viveu nada parecido – e sabemos que coisas bem difíceis ainda estão por vir, apontando para o início das dores e para a volta de Jesus. 

Vamos, portanto, nos voltar para Deus, aproveitando para reconsiderar nossas prioridades de vida, repensar a fragilidade da saúde, reposicionar a importância da nossa família, e resgatar parentela e amigos que ainda estão desviados e longe de Deus. 

Esconda-se em Deus, habite no abrigo do esconderijo, e descanse à sombra do altíssimo!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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