Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Escolha se comprometer

Todos nós carregamos na memória o pesado fardo de lembranças que envolvem situações em que nos comprometemos com alguém, ou com alguma causa e, no fim das contas, percebemos que fomos ludibriados. Muitos de nós investimos tempo, outros, tempo e dinheiro, além de muito afeto e esforço, em coisas e pessoas que não fizeram em nós o mesmo investimento.

Com o tempo, depois de tantas decepções e arrependimentos, muitos são os que concluem que o melhor é não mais se comprometeram com algo, se afastando de pessoas, abandonando funções eclesiásticas e trabalhos voluntários. E as perguntas são sempre as mesmas: Pra que se esforçar tanto para fazer o melhor, se os outros não estão preocupados em cumprir a tarefa que lhes cabe? Por que eu vou trabalhar tanto na igreja se as pessoas não valorizam minha dedicação? Por que só eu me esforço e ninguém mais se compromete? Até quando vou me comprometer em ajudar pessoas que, quando eu preciso, nem mesmo ligam para saber se eu estou bem? Por que investir em alguém que vai acabar me machucando mais tarde?

De forma rápida e simples, podemos pensar em algumas respostas para as perguntas acima, que todos nós já nos fizemos.

Primeiramente, quando estamos envolvidos em tarefas primordiais à vida, como trabalhar, educar filhos e manter um casamento, precisamos sim nos esforçar ao máximo. A chance dos outros passarem a se comprometer em fazer a parte deles nas tarefas aumenta muito quando o outro lado já está comprometido. E independente das decisões alheias, uma vez que já escolhemos o cônjuge, tivemos os filhos ou escolhemos nossa práxis profissional, não podemos culpar os outros pelas nossas irresponsabilidades. Fazemos o nosso melhor, mesmo que o outro falhe em suas promessas ou tarefas.

Quanto a trabalhar na igreja, é sempre bom lembrar que nosso serviço é dedicado ao nosso Senhor. Quando os líderes são cuidadosos na condução das ordens, ou as ovelhas são gratas e submissas, trabalhar na Obra de Deus se torna revigorante. Contudo, é sempre bom lembrar que a valoração humana é frágil, e que o mais importante é a motivação da nossa dedicação ao serviço. Não é o ativismo que conta, mas o prazer de fazer para o Reino e pelo Reino. Não é sobre nós, é sobre Ele!

Se você tem se questionado sobre o fato de só você se esforçar e ninguém mais se comprometer, vale a pena considerar dois pontos principais. O primeiro é pensar em quem você tem escolhido como parceiro, sócio ou companheiro de trabalho. Há muita gente se comprometendo com pessoas declaradamente descompromissadas, e escolher bem ao lado de quem vamos trabalhar ou conjugar a vida é muito importante. Em segundo lugar, é importante escolher a meta, a causa ou o motivo da nossa devoção a algo. Hoje tem muita gente escolhendo causas frívolas e fúteis, deixando de lado o que é primordial na vida conjugal, profissional, ministerial ou emocional. Quem organiza bem as prioridades vai se esforçar com melhores resultados em todas as áreas da sua vida, usufruindo dos bons frutos do seu esforço, e sendo abençoado por Deus.

Se você se pergunta até quando vai se comprometer em ajudar pessoas que, quando você precisa, nem mesmo ligam para saber se você está bem, minha resposta é simples: todos os dias, ao longo de toda sua vida. Afinal, a Bíblia afirma: Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos. (Gálatas 6.9).

Nos lembremos sempre de que, quando trabalhamos com pessoas, investimos em pessoas, ou dependemos de pessoas, elas são falhas e podem nos machucar. Por melhor que escolhamos, todos nos ferimos ao longo das nossas ocupações e relacionamentos.

Contudo, não desanimamos pois, tendo Jesus como a quem devemos imitar, encontramos nele o exemplo de quem escolheu se comprometer com uma humanidade pecadora, descompromissada e ingrata – só por amor!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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