No segundo domingo de dezembro, as igrejas cristãs no Brasil celebraram o Dia da Bíblia. Sua origem remonta ao século XIX, quando cristãos na Inglaterra passaram a dedicar um dia especial para honrar a Palavra de Deus. No Brasil, a celebração foi oficialmente instituída em 1948, por iniciativa da Sociedade Bíblica do Brasil, com o objetivo de despertar respeito e compromisso com as Escrituras Sagradas.
Contudo, muito mais do que uma data comemorativa, o Dia da Bíblia é um chamado à submissão a autoridade das Escrituras. Em um tempo marcado pelo relativismo moral, pela subjetivização da verdade e pela tentativa de adaptar a fé aos valores culturais, a mulher cristã é desafiada a reafirmar que a Bíblia permanece suprema, absoluta e suficiente para orientar sua fé, seu caráter e sua missão.
A supremacia da Palavra de Deus sobre opiniões humanas
A Bíblia não é apenas um livro devocional; ela é a autoridade final sobre fé e prática. Sua suficiência significa que nenhuma tradição, ideologia, emoção ou experiência pessoal pode se sobrepor à revelação divina. O apóstolo Paulo declara, que: “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16).
Porém, a mulher cristã é exposta a discursos que relativizam os valores bíblicos, especialmente sobre identidade de gênero, família, casamento, submissão a Deus e santidade. Reconhecer a supremacia das Escrituras é escolher obedecer à Palavra mesmo quando ela confronta sentimentos e pressões culturais. Nesse sentido, Jesus afirmou: “santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
A inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras
A Bíblia é inspirada por Deus em sua origem, inerrante em sua verdade e infalível em seus propósitos. Ela é a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro ensina, que: “jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; mas, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21)
Quando a mulher cristã passa a questionar a confiabilidade das Escrituras, abre espaço para uma fé instável e seletiva. Crer na inspiração e infalibilidade da Bíblia significa aceitar seus ensinos integralmente, mesmo aqueles que confrontem nossas ações, corrigem atitudes e exigem renúncia.
A suficiência das Escrituras para a vida cristã
A Bíblia é suficiente para conduzir a mulher cristã em todas as áreas da vida: espiritual, emocional, familiar, profissional e ministerial. Ela não precisa ser complementada por filosofias humanas para cumprir seu propósito. O salmista afirma, que: “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Sl 19.7).
Em tempos de ansiedade, decisões difíceis e crises familiares, a tentação é buscar respostas decisivas em métodos meramente humanos. Contudo, a mulher que confia na suficiência da Palavra aprende a consultar primeiro as Escrituras, permitindo que Deus direcione seus passos.
A própria Palavra garante ser: “lâmpada para os pés... e luz para os caminhos” (Sl 119.105). Portanto, não relativizar a Bíblia é crer que ela é suficiente para orientar escolhas, curar feridas e formar um caráter piedoso. A fé madura não escolhe quais textos obedecer, mas se submete a toda a revelação divina com humildade e reverência.
Em suma, celebrar o Dia da Bíblia é renovar um compromisso espiritual de viver sob a autoridade da Palavra de Deus. Para a mulher cristã, isso significa amar, estudar, obedecer e defender as Escrituras com fidelidade e temor.
Que esta data não seja apenas simbólica, mas um marco de renovação levando cada mulher cristã a afirmar com convicção que a Bíblia é suprema, inspirada, infalível, inerrante e suficiente — ontem, hoje e eternamente: “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra do nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8).
Queridas, Deus vos abençoe, até mais!

Dirlei Baptista
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