Sabemos que a vida se inicia com a fecundação do óvulo feminino pelo espermatozóide masculino. Desde o momento da fecundação inicia-se uma reprodução celular maravilhosa e deslumbrante, que a ciência explica, mas não compreende, formando todos os órgãos, tecidos, nervos, músculos e sistemas do corpo humano.
A gênese embrionária é uma ciência fascinante, um milagre divino, formando bebês com um DNA exclusivo, diferentes uns dos outros, com íris dos olhos e digitais diferenciadas, e com um temperamento inato e particular!
Quem já passou pela maternidade e paternidade conhece a emoção de ouvir o batimento do feto! E quem já recebeu a benção de gerar conhece o sentimento inenarrável de se emocionar com os movimentos do bebê ao se movimentar no útero materno. Há vida no útero, uma vida real e partilhada com a mãe que gera seu filho. Vários países do mundo estão discutindo a liberação e discriminalização do aborto. A maioria destes atos são conduzidos por mulheres que defendem o “direito" de fazerem o que desejarem com seus corpos e com os filhos que geram em seus úteros. A questão principal é que o direito de viver é do feto, do filho, do bebê que está sendo gerado – e não é à mãe que cabe o direito e a escolha de deixar ou não seu filho viver!!!
A mulher tem o direito, dado por Deus, de possuir seu corpo, mas o dever de cuidar dele, o dever de evitar ou planejar a gravidez, e o dever de respeitar a vida que vive dentro dela. Se não quer filhos, se não está numa relação conjugal estável, ou se é nova e sem estrutura para cuidar de um filho sozinha, ela tem o dever de não engravidar – não tem o direito de abortar!
A mãe, quando não evangélica, pode até defender o direito de fazer sexo quando desejar, mas tem o dever de escolher bem os métodos anticoncepcionais para não engravidar. Quando evangélica, as regras mudam, pois sabemos que Deus autoriza o sexo só dentro do casamento, e que o casal deve planejar como e quando os filhos virão, escolhendo juntos estratégias anticoncepcionais, de modo a desfrutarem das bençãos divinas no lar sobre si mesmos e seus filhos. Pessoas casadas, evangélicas ou não, têm o direito de uma vida sexual prazerosa e feliz, mas o dever de manterem a gestação quando esta acontecer.
É direito da criança gerada ter vida e gozar a sua vida após o nascimento. E é dever da gestante prover todos os cuidados necessários para que esta criança tenha uma boa gestação e uma vida de qualidade após o nascimento. Portanto, ao invés de discutir o aborto como direito da mulher – o que é anti bíblico e um crime de homicídio – devemos discutir os deveres de muitas adolescentes na forma como usam seus corpos, e se relacionam sexualmente de modo irresponsável e inconsequente.
Aborto não é uma escolha da mulher ou do seu companheiro, e muito menos um direito concedido pelo estado. Aborto é crime, pois quando realizado mata uma vida que está sendo gerada, ao mesmo tempo que nega o direito da criança viver. Como evangélicos, nosso trabalho é respeitar os princípios bíblicos, e formar em nossos adolescentes e jovens a consciência do dever, onde o sexo precisa ser entendido como lícito dentro do casamento, e a gravidez compreendida não como fruto de pecado, mas como uma consequência natural da vida sexual. Deus sempre nos oferta muitos direitos, mas reivindica deveres e obediência para que nossa vida possa ser abençoada e feliz.
Elaine Cruz
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