Atitudes nonsense, sem sentido, evidenciam a loucura dos nossos dias. Como explicar o terrorismo ou a violência gratuita? Como pais podem matar uma filha pequena e indefesa? Como uma pessoa pode usar drogas ciente do que esta faz à sua mente? Ou ficar tão dominada pela droga e os pensamentos que ela provoca, a ponto de arrancar os próprios olhos, como frequentemente assistimos?
As respostas podem ser muitas, as considerações e explicações inúmeras. Mas o mais triste é que, a despeito de sempre nos assustarmos com situações que não conseguimos compreender, notícias como estas voltam a se repetir, e cada vez vamos nos acostumando mais a elas.
Não há sentido em as pessoas destruírem um trem, se vão precisar dele no dia seguinte para trabalhar. Fazerem barricadas nas ruas, se não vão ter como receber em casa os produtos comprados uma loja. Agredir pais, filhos e esposas que os amam. Quebrarem uma casa na hora da raiva e terem que dormir numa cama destruída o resto do ano?!
Hoje muitos vivem sob a égide de frases de efeito como "viva muito e morra cedo", “siga o seu coração”, “o que importa é ser feliz”, "extravase sua raiva”, dentre outras. As pessoas têm agido como se nada mais importasse, na inconsequência de não pensar nos resultados dos atos para o dia seguinte ou anos posteriores.
Infelizmente, nem todos temos direito à mesma educação. Há muitos lares desestruturados, formando indivíduos confusos e maus, onde pais abusam de seus filhos, são exemplos de mau caráter e ensinam seus filhos a serem mesquinhos e soberbos.
A violência e maldade vêm sendo difundida e incentivada pela mídia. Os relacionamentos interpessoais estão cada vez mais vazios e descomprometidos. Os valores morais estão sendo desconstruídos e nunca foi tão importante distinguir as companhias boas das ruins.
Sabemos que o mundo está sob o poder do maligno, e que quanto mais a sociedade se afasta de Deus, mais perversa ela se torna. Mas o que mais assusta é o fato de que as pessoas não estão nem preocupadas em analisar o bom senso das suas ações.
A noção do bom senso todos nós temos, e não adquirimos em bancos escolares ou universitários. Ao nos depararmos com a menor ou mais complexa situação cotidiana, seja ela emocional ou comportamental, estabelece-se um problema ético e moral, do qual todos nós sabemos a resposta: sempre será correto não espancar, não quebrar um bem comum, não partir para a agressão, não falar o que não for respeitoso, não ferir o próprio corpo, não matar, não roubar, não mentir, não denegrir o outro.
A consciência humana possui atributos espirituais, pois Deus colocou no ser humano uma consciência moral, uma percepção para compreender sensivelmente o certo e o errado, mesmo para aqueles que não conhecem a Lei divina: De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei; pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os. Romanos 2.14.15.
Infelizmente, o que temos assistido é uma profusão de comportamentos de pessoas que estão com suas mentes cauterizadas, insensíveis, incapazes de filtrar informações e de raciocinar com bom senso. O que precisamos, portanto, é buscar os parâmetros bíblicos, voltar a ter bom senso, ensinar nossa sociedade a pensar antes de agir – buscando a iluminação do Espírito Santo para, no íntimo da razão, reencontrar a motivação para usar o bom senso.
Elaine Cruz
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