Natal é muito mais do que uma data comemorativa marcada por tradições culturais; ele é a celebração do evento mais decisivo da história da humanidade: a encarnação do Filho de Deus. Quando comemoramos o Natal, nos lembramos que Deus se fez carne, assumindo a condição humana, e se aproximou de nós de forma concreta e amorosa. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:14).
A verdade do Deus encarnado, prometido desde o Éden, sustenta nossa fé e dá sentido à esperança da salvação. O Natal revela um Deus que não permanece distante, mas que vem ao encontro do ser humano em sua fragilidade. E é exatamente esta a mensagem a ser pregada em nossos cultos natalinos ou nas ceias familiares.
No Brasil nós pouco usamos a expressão ceia para nos referimos a um momento de alimentação. Falamos em café, almoço e jantar, e usamos a palavra lanche para nomear pequenas refeições, sejam elas no meio da manhã, da tarde, ou do final do dia. Contudo, na noite que antecede o dia de Natal, quando há a reunião familiar, usamos a expressão "Ceia de Natal" - afinal, não é um jantar cotidiano, pois os pratos são mais elaborados, e as pessoas se enfeitam para o momento.
Nestes momentos de comemoração em família, tendo a mesa farta ou simples, o mais importante é relembrar a história de Jesus, que nasce em um contexto simples, numa manjedoura, que aponta para a cruz, mostrando que desde o nascimento Jesus veio com um propósito redentor.
Celebrar o Natal é reconhecer a fidelidade de Deus, que cumpre sua palavra no tempo certo. Cada profecia realizada no nascimento de Cristo ressalta que Deus continua soberano sobre a história. E se ele é o condutor da história humana, é também o condutor da nossa história pessoal.
Sabemos que Jesus não nasceu em dezembro. Mas não comemoramos uma data: celebramos o Filho do Homem, que pôde morrer no nosso lugar por não ter cometido pecado. Assim, no Natal também proclamamos a reconciliação, a dádiva da restauração espiritual, que tornou possível voltarmos a viver em paz com Deus e uns com os outros.
Nas festividades de Natal podemos evangelizar familiares, compartilhando a luz que brilhou nas trevas. Assim como os magos e os pastores testemunharam o nascimento de Jesus, somos chamados a testemunhar Cristo em palavras e atitudes, e a época do Natal é propícia para isto.
Nossa comemoração vai além de ceias e canções. Afinal, o Natal nos lembra que a história não termina na manjedoura, mas caminha para a consumação do Reino de Deus. Celebrar o Natal, portanto, é celebrar a fidelidade e a salvação que se manifestaram em Jesus Cristo, o Emanuel, Deus conosco.
Celebramos, pois, com gratidão, pelo fato de que Deus nos amou a ponto de dar Seu Filho unigênito. E também celebramos com esperança porque Jesus, que nasceu e morreu por nós, pagando pela nossa redenção, há de voltar para celebrarmos com ele por toda eternidade!

Elaine Cruz
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