Há alguns anos lançaram um filme para debater a crença de que as pessoas podem ser corrompidas por dinheiro: um magnata oferecia uma alta quantia de dinheiro para ter uma noite de sexo com a esposa de um casal endividado. Eles concordam, acabam se separando pelo fato de não conseguirem lidar com remorsos e culpas, mas como em filmes o final feliz é sempre esperado, acabam retornando à vida conjugal.
São muitos os filmes mostrando grupos de adolescentes praticando bullying a fim de serem os mais importantes e influenciadores de seu bairro ou da escola. Muitos jovens formam gangues para assegurar controle e poder sobre outros, através da força ou violência. Todos os dias lemos em jornais matérias de homens e mulheres com vida modesta, que entram para a política ou corporações financeiras, e se tornam notícia pelo fato de se corromperem com o poder ou dinheiro, denunciados por corrupção ou desvio de dinheiro.
A história mostra a corrupção de reis, bispos, governantes e pessoas comuns, sempre na busca de poder financeiro ou político, buscando prestígio de modo impróprio, através de uma escalada social imprudente e ilícita. O ser humano gosta de mandar, dominar, subverter e submeter pessoas: os tiranos e ditadores nos servem de exemplo.
Infelizmente, esta realidade não muda. Ainda hoje o mundo convive com ditadores, pequenos tiranos em seu domínio terrorista, seja de um pequeno bairro, de instituições ou em países. Além do mundo real, são muitos os que se apropriam do mundo virtual, oprimindo pessoas através de sites que incitam a pornografia, a violência, o terror e o suicídio. As pessoas até hoje se vendem por fama, por dinheiro e por poder.
Isto nos faz pensar em princípios. Se fôssemos colocados numa sala sem câmeras, com uma bolsa contendo um milhão de reais, sabendo que não seríamos julgados se a pegássemos, o que faríamos? Respeitaríamos a regra de que não mexemos em dinheiro que não é nosso? Manteríamos o princípio de que o dinheiro alheio não nos pertence?
Uma vez, aos sete anos de idade, achei três moedas na esquina da rua onde eu morava, enquanto voltava da escola para casa. Ao chegar em casa, além de apanhar, tive que refazer o trajeto com minha mãe puxando minha orelha pela rua até o local em que havia encontrado as moedas. Deixei-as no local, aprendendo a lição de que não devia pegar dinheiro que não fosse meu. Uma lição que guardo até hoje!
Pais, professores, avós, educadores, pastores, amigos, enfim todos nós, necessitamos urgentemente voltar aos princípios morais e bíblicos que defendemos. A nova geração precisa saber que há limites para toda e qualquer autoridade e poder humano. Nossos filhos precisam conhecer seus limites, respeitar seus corpos e os direitos dos outros. Nossos pares devem ouvir de nós que não vamos nos corromper com dinheiro sujo, que não vamos participar do esquema de propina ou levar dinheiro por fora do firmado em contrato.
É muito triste ver pessoas vendendo seus corpos por dinheiro e fama, se desfazendo de princípios bíblicos e cristãos em busca de poder político ou midiático, machucando outras para ganhar posições de destaque, seja em espaços profissionais ou até mesmo dentro de igrejas evangélicas. Não vamos nos vender, não temos um preço que possa ser pago com dinheiro humano!
Nenhum valor financeiro compensa a perda da boa consciência, nenhum prestígio substitui a salvação em Jesus Cristo, nenhuma glória terrena se compara com a que esperamos no porvir!
Elaine Cruz
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