Toda sociedade precisa de códigos de conduta que possam gerir nossos comportamentos. Estes códigos abordam regras de boa convivência em condomínios e escolas, igrejas e empresas em geral. São importantes para ordenar as condutas esperadas e nos ajudarem a formatar um modo de convivência.
Precisamos saber o que esperar de uma empresa ou dos vizinhos de um condomínio, uma igreja precisa ter seu estatuto claro quanto ao que esperar de seus membros, e uma escola precisa ter os deveres e direitos de educandos e educadores bem expostos em seu regimento interno. O problema se agrava quando estas regras se aplicam a normatizar ideologias de grupos ativistas, especialmente quando estes contrariam a fé e moral bíblica.
Estamos vivendo dias em que o politicamente correto é ensinar e estimular crianças e adolescentes, na forma de currículo escolar, a aceitarem todas as formas de envolvimento sexual, inclusive o homossexualismo. É politicamente correto aceitar o poli-amor ou multi-amor, em que três ou mais pessoas moram juntas e fazem sexo entre si - tema que vem merecendo destaque em novelas, seriados e documentários. Assim como a regra social atual é não podermos discordar de grupos ativistas que defendem a transexualidade e a ideologia de gênero, com o governo cobrindo gastos de operações para trocas de sexo com o dinheiro de impostos pagos por trabalhadores brasileiros.
Hoje debatem-se a legalização da maconha, a descriminalização das drogas, e a formalidade e amparo legal para profissões que envolvem prostituição. E enquanto nós, evangélicos, estamos nos calando, vem crescendo a desmoralização feita pela mídia de vários segmentos evangélicos, muitos deles sérios e comprometidos com a Palavra de Deus. O evangélico hoje é apontado como discriminador, de mente fechada e moral antiquada e irrelevante.
Não me preocupo tanto com o quadro que as redes sociais têm feito de nós - até porque vivemos dias em que muitos falsos mestres e falsos crentes têm envergonhado a genuína fé evangélica, desvirtuando muitos dos princípios bíblicos. Mas me preocupo muito mais com o que nossas crianças, jovens e adolescentes têm assimilado em colégios e universidades.
Nossos púlpitos precisam voltar a pregar sobre as raízes da nossa fé, abordando temas atuais e contemporâneos. E nossos lares e classes de Escola Bíblica Dominical precisam ser verdadeiras plataformas de debates “políticos”, em que possamos, de forma clara e aberta, discutir temas como sexualidade, drogas, relacionamentos, prostituição, vida financeira, etc. Ao invés de nos preocuparmos com a adequação do politicamente correto, nosso papel é abordar o que é biblicamente correto.
A cada novo padrão de comportamento adotado pela sociedade como correto, cabe-nos perguntar se tal atitude é biblicamente aceita. Quando filhos e netos trouxerem fotos de seus livros escolares com modelos variados de famílias atuais, nosso papel é relembrar e evidenciar o modelo bíblico de casamento heterossexual, homem e mulher, com meninos sendo machos e meninas sendo femininas. Adolescentes precisam conhecer os malefícios da maconha e das drogas, e jovens precisam entender que seus corpos precisam ser preservados para o casamento.
Precisamos ser socialmente educados e bem informados. Carecemos de vida emocional e sentimental bem realizada e feliz. Devemos conviver em todos os meios profissionais com desenvoltura e inteligência. Mas, para tanto, necessitamos pautar todas as nossas atitudes e escolhas não no que é politicamente correto, mas biblicamente correto.
Elaine Cruz
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