Na definição das estações do ano da nossa vida, se o verão é a nossa infância, a primavera é nossa adolescência e juventude.
A Bíblia já nos ensina: Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas. Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade. (Eclesiastes 11.9,10).
A adolescência e a juventude, caracterizadas pela alegria e movimento, são momentos importantes da vida. Nestas fases identificamos nossos grupos de amigos, que podem nos abençoar ou nos afastar de Deus, levando muitos jovens a desviarem-se de princípios bíblicos e familiares. Amigos errados têm sido a causa de muitos adolescentes entrarem nas drogas e no tráfico, e de muitos abandonarem os estudos e se voltarem para vida de crimes.
É na adolescência (fase dos 13-19 anos) que selecionamos nossa profissão, uma das escolhas mais importantes da vida, que vai orientar e definir nossos passos na vida adulta. Nesta fase, ou no início da juventude, também escolheremos o perfil da pessoa com quem pretendemos passar a vida junto. Afinal, o perfil escolhido para namoros evidencia o que um jovem pensa a respeito do seu futuro cônjuge.
A fase primaveril da vida é também a fase em que consolidamos valores e conceitos já aprendidos, assimilando-os como nossos: ideologias políticas, doutrinas bíblicas, valores familiares e sociais, e conceitos que definem nossas escolhas sexuais e morais. Ao entrarmos na vida adulta, poucos valores se modificam – a não ser quando vivenciamos o processo genuíno de conversar e santificação na sua integralidade.
Como pais, professores, educadores, avós, pastores e líderes eclesiásticos, precisamos voltar nossos olhos para este grupo de adolescentes e jovens que nos cerca. Muitos estão tomando direções insensatas na vida moral, escolhendo caminhos que levam à destruição, morte e violência. Outros estão optando por uma vida sexual desregrada e pecaminosa, plantando infelicidade futura por meio de seus atos presentes.
Há muitos adolescentes abandonando os estudos, e jovens com quase trinta anos sem direção profissional ou vocacional. Outros estão envolvidos em relacionamentos afetivos doentios, estimulados por amigos cujos princípios são anti-bíblicos. Sem falar nos que ocupam bancos de igrejas evangélicas, mas cuja prática de vida destoa do evangelho.
Precisamos voltar a ensinar em casa, com exemplos e palavra, quais as medidas de Deus a serem tomadas para relacionamentos afetivos felizes. Nossos filhos precisam assistir seus pais casados, afetivamente felizes, sexualmente realizados, se relacionando de forma respeitosa e amorosa. Os valores da família precisam ser ensinados com dedicação e amor, e respeitados pela valorização da harmonia familiar. Isto significa que nossa casa precisa ser agradável, harmoniosa, respeitosa e muito aconchegante. Precisamos ser exemplo, de tal forma que eles possam nos fazer de confidentes.
Se o mundo distorce o que ensinamos em casa e na igreja, nossa prioridade precisa ser viver o que ensinamos em casa e na igreja. Devemos viver de tal modo o que pregamos e ensinamos, de tal modo que o resultado da nossa vivência seja o maior e melhor testemunho, superando toda ideologia mundana.
Abrace, beije, ensine, converse, ouça, acompanhe, ame e plante muitas flores no jardim da vida dos seus filhos. Que eles possam perseguir sempre as melhores memórias da primavera de suas vidas!
Elaine Cruz
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