Nossos filhos, gerados ou adotados, são presentes de Deus, que expandem nosso horizonte e perpetuam nossa memória. Mesmo quando nós não estivermos mais aqui, depois da nossa morte eles falarão sobre nós a seus filhos e netos, reavivando histórias e contextualizando nossos feitos.
Mas ao longo da vida vamos acumulando outros filhos, guardando as devidas proporções: um pequeno projeto que vemos prosperar, uma idéia que sai do papel, um livro escrito, pessoas queridas que acompanhamos ao longo da vida.
Tenho o privilégio de ser autora de teses e trabalhos universitários, e de alguns livros. E minha alegria é que meu último livro-filho nasceu! Ele se chama Equilíbrio Emocional – Personalidade transformada pelo Fruto do Espírito. Um livro escrito ao longo de meses, mas que vem sendo gerado e pensado ao longo de anos.
Manter o equilíbrio de nossos afetos, pensamentos, sentimentos e ações é algo dificílimo. Até porque para obter equilíbrio emocional é preciso fazer uma revisão de nossas emoções, ideias, crenças disfuncionais, percepções e sentimentos, organizando sobretudo nossos pensamentos!
Ter controle emocional é saber dominar-se, não permitindo que emoções aflorem de forma descontrolada, nos tirando a sobriedade: Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se. (Provérbios 25.28). Quando uma pessoa não sabe dominar seus ímpetos e emoções, acaba falando coisas das quais se arrepende, agindo de forma impensada, e tendo que se desculpar repetidas vezes, causando mal-estar em seus relacionamentos.
Se as explosões emocionais negativas se repetem, por mais que sejam seguidas de pedidos de desculpas, o coração de quem foi ferido já está machucado, o chefe decide dar a promoção para outro funcionário, as amizades se extinguem, e a confiabilidade dos relacionamentos é quebrada.
O domínio próprio precisa ser observado em todos os relacionamentos. A Bíblia afirma que aquele que deseja o pastorado deve ter domínio próprio (Tito 1:8), e que os casais não devem deixar de praticar sexo no casamento por muito tempo para não o perderem: Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio. (1 Coríntios 7.5).
Filhos necessitam ser contidos por seus pais ainda pequenos, pois depois que crescem violentos e agressivos, não há muito mais como moldá-los. Adultos precisam aprender a temperar as emoções, o tom de voz e os gestos, aprendendo a dominar a ira e os ímpetos violentos. Amigos devem falar a verdade com equilíbrio, apontar erros com moderação, e aprender a brincar sem humilhar o outro.
Precisamos buscar sempre a moderação nos atos, e o equilíbrio nas palavras e sentimentos: Meu filho, guarde consigo a sensatez e o equilíbrio, nunca os perca de vista; trarão vida a você e serão um enfeite para o seu pescoço. Então você seguirá o seu caminho em segurança, e não tropeçará; quando se deitar, não terá medo, e o seu sono será tranqüilo. (Provérbios 3.21-24).
A boa notícia, como meu livro evidencia, é que podemos encontrar este equilíbrio em Deus, no exercício do Fruto do Espírito, disponível a todos nós!
Elaine Cruz
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