Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Filhos pródigos

Uma das parábolas mais lindas e conhecidas da Bíblia enfatiza o comportamento de um filho pródigo, que gasta o que recebe do pai, fica na ruína e volta para pedir perdão. O comportamento do pai perdoador e misericordioso, que espera e festeja a volta do filho, é a representação fidedigna de Deus, que ama, espera e perdoa o pecador, recebendo-o como filho em sua casa e família.

 A palavra pródigo pode referir-se a alguém ou algo que produz ou distribui com generosidade, em grande quantidade e em abundância. Assim, uma pessoa pode ser pródiga em talentos, um escritório pode ser pródigo em clientes, ou um time esportivo pode ser pródigo em títulos. Mas a palavra, inclusive dentro da parábola bíblica, se aplica também àquele que esbanja suas propriedades, gastando mais do que possui ou necessita; ao esbanjador, gastador ou perdulário. Infelizmente, aplicando esta parábola aos nossos dias, muitos pais têm criado filhos pródigos. Filhos perdulários, que desde cedo deixam comida no prato, sem se importar com o fato de se jogar tanta comida no lixo enquanto outros passam fome. Outros que, ao receberem brinquedos em demasia, não apreciam ou valorizam o que têm, mantendo suas coisas jogadas pelos cantos. Há ainda crianças que não valorizam seu material escolar ou suas roupas, destruindo seus bens, sem ponderar o esforço dos seus pais ao adquiri-los. 

Muitos são os adolescentes criados como se os pais tivessem a obrigação de facilitar a execução de todas as suas vontades. Tornam-se mimados, prepotentes e inconsequentes, formando verdadeiras gangues que discriminam outros menos favorecidos financeiramente ou em força física. Quando se tornam jovens, tal qual o filho pródigo da parábola, esbanjam o dinheiro de seus pais com drogas, bebidas, amigos e sexo. Na sua inconsequência, muitas vezes engravidam, e muitos pais acabam assumindo netos não planejados para não vê-los sofrer. 

Como pais, sempre desejamos dar o melhor aos nossos filhos: a melhor educação, a melhor família, a melhor escola. Mas precisamos também dar a eles uma melhor forma de compreender a vida e as outras pessoas com quem convivem. Nossos filhos precisam aprender a não morder os colegas da creche, a não bater nos mais fracos, a não desfazer dos menos favorecidos em beleza ou nas finanças. 

Nossos filhos e netos devem ser ensinados a valorizar os brinquedos que recebem, por mais simples que sejam. Precisam aprender a dizer: obrigada, a guardar os brinquedos e a preservar roupas e objetos já usados. Não podemos criar filhos que, na pré-adolescência, não saem de casa para ir à igreja ou ao shopping se não tiverem uma roupa nova para mostrar às pessoas com quem convivem. 

Mostre aos seus filhos seu esforço pelo que faz a eles. Não faça dívidas para providenciar caprichos supérfluos e passageiros, comprometendo o orçamento familiar. Muitos pais pagam por roupas de marca caríssimas, enquanto o colégio dos filhos fica em atraso. Ou gastam seus salários em celulares e computadores de última geração para os filhos jogarem com amigos, enquanto a prestação da casa própria fica atrasada.

O filho pródigo da parábola bíblica se arrepende, caindo em si, e volta para a casa do pai. Isto nos mostra que sempre há tempo para revermos nossa educação, repensando nossas atitudes e reeducando nossos filhos. Portanto, ame seus filhos, e faça o melhor por eles, educando-os para serem gratos, responsáveis e sábios em suas ações e decisões.

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

Limites para dor

Escrito por Elaine Cruz
Limites para dor

Séculos antes da descoberta dos neurônios e da organização do sistema nervoso, a dor físic...

Quando Deus nos chama…

Escrito por Elaine Cruz
Quando Deus nos chama…

A Bíblia, através do salmista Davi, afirma que todos os dias determinados para mim foram e...

Ciclos

Escrito por Elaine Cruz
Ciclos

Quando olhamos para a natureza criada por Deus, percebemos o quanto ele trabalha com ciclo...

Nem tudo é o que parece

Escrito por Elaine Cruz
Nem tudo é o que parece

Há os que dizem que nem tudo o que reluz é ouro. Ou que não devemos julgar as pessoas pela...

Mantendo a Esperança

Escrito por Elaine Cruz
Mantendo a Esperança

No nosso cotidiano, usamos bastante a palavra esperar. Mas será que conseguimos manter a e...

O que nos diverte?

Escrito por Elaine Cruz
O que nos diverte?

Sorrir faz parte da natureza humana. Sorrimos quando estamos alegres, comemorando uma conq...

Recomeços

Escrito por Elaine Cruz
Recomeços

Recomeçar, para uns, é estimulante. Iniciar um novo ano, com tantas possibilidades abertas...

 

 

SOBRE


Com o objetivo de ajudar as mulheres cristãs da atualidade, a CPAD prepara um presente especial para elas: o site de conteúdos Mulher Cristã. O novo espaço feminino vem repleto de conteúdos inéditos, sempre com temas voltados para as mulheres cristãs de nossos dias.

©2025 CPAD: Av Brasil 34.401 - Bangu - Rio de Janeiro - CEP: 21852-002 - Brasil - CNPJ 33.608.332/0001-02. Designed by CPAD.