Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Vivenciando o Luto 

Cada vez mais estamos assistindo a morte chegar mais perto da nossa família. Antes as notícias a respeito de mortes pelo covid-19 eram sobre outros que não conhecíamos. Hoje acabamos recebendo informações do falecimento de parentes, colegas de trabalho, irmãos da igreja, e pessoas que são vizinhas da rua ou do bairro em que moramos.

A morte é uma das certezas da vida. Resultado do pecado de Adão e Eva, a morte física é uma dor atroz, especialmente quando perdemos pessoas próximas e queridas. É uma saudade que não tem fim, mesmo quando sabemos que voltaremos a nos encontrar nos céus, no caso daqueles que morreram com Deus. 

Quando perdemos alguém que amamos, a impressão que temos é que tudo vai parar – mas não é assim que acontece. Os dias se seguem, as pessoas continuam suas vidas, e vamos carregando a dor conosco, e eventualmente  voltamos a sorrir, guardando as melhores lembranças em nossas memórias mais íntimas e particulares. 

Viver o luto é importante, internalizando a consciência da perda e nos adaptando a novos tempos. A nossa vida muda depois que perdemos pais e irmãos, como se nossas raízes fossem arrancadas. Quando um cônjuge amigo falece, nada mais será como antes, e teremos que reaprender a andar sozinhos.  Perder filhos é uma dor que gera traumas, é contra a natureza da vida, e pais amorosos vão conviver com o vazio deixado por quem já foi.

Alguns passos são importantes para a vivência do luto. 

1. Despeça-se. Infelizmente, nestes dias de pandemia as cerimônias fúnebres e velórios estão proibidos, impedindo as pessoas de se reunirem para se despedir de quem morreu. Isto é deplorável, pois precisamos nos despedir de forma a nos conscientizarmos da ausência do outro.  Se você perdeu alguém próximo, mesmo depois da pandemia, realize um culto, ou uma reunião de família para agradecer a Deus pela vida de quem faleceu. Fale sobre sua boas memórias, reveja fotos, conforte os corações das crianças e abrace os enlutados. 

2. Chore. Jesus chorou, possivelmente muitas vezes, pois era Deus e era um homem amável e sensível ao sofrimento alheio. A Bíblia relata três ocasiões em que Jesus chorou. Ele chora vendo a cidade de Jerusalém dias antes de ser crucificado; chora ao orar ao Pai, sentindo a angústia da sua própria morte; e chora quando seu amigo Lázaro morre.  Mesmo sabendo que Lázaro iria ressuscitar, a dor do luto, evidenciada nas falas e olhares de Marta e Maria tocam o Mestre – e ele conhecia esta dor, pois já havia perdido seu pai terreno José. Precisamos chorar quando afetados. Chorar de saudade, chorar com as boas lembranças, mas não por raiva e muito menos por remorso (esteja sempre bem com todos!). 

3. Evangelize. Para as pessoas que morrem servindo a Deus, nossa despedida é breve, pois estaremos com elas por toda a eternidade nos céus. Assim sendo, evangelize com afinco as pessoas que você ama: haveremos de encontrá-las além do Jordão! 

4. Prossiga. A dor do luto demora a passar. Muitas vezes, depois de meses ou até anos, uma lembrança aflora e a dor volta com uma intensidade forte, mas com uma duração menor. Isto pode acontecer em dias comemorativos, como dia das Mães ou no Natal, em datas de aniversário, ou simplesmente depois de ouvirmos uma música ou vermos uma fotografia.  Quando isto ocorrer, vai nos fazer bem chorar ou falar sobre quem perdemos às pessoas que amamos e que ainda estão conosco. 

5. Dedique-se aos vivos! Quando uma esposa perde seu marido, filhos perdem um pai e netos perdem o avô. Há outros que também sofrem, muitos que também perderam a chance de ter aquela pessoa partilhando sua vida. Por maior que seja a saudade, guarde as lembranças doces e cuide da sua dor, mas dedique seu afeto aos que amam você e aos que você ama.  

Acima de tudo, aproxime-se ainda mais de Deus – Ele é Senhor dos vivos e dos que morreram Nele. Ele vai confortar seu coração, consolar sua alma e fortalecer seu espírito!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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