Desde que nascemos convivemos com outros – irmãos, pais, primos, amigos, parentes, vizinhos e estranhos. No início da vida são nossos pais que definem nossos encontros sociais, nos carregando para a casa de parentes e amigos, shoppings e igrejas.
São nossos pais que escolhem o lugar onde moramos e a escola que frequentaremos. Com o passar dos anos, entretanto, nós vamos selecionando de quem vamos nos aproximar para aprofundar a interação social, e de quem vamos nos afastar pelo fato de não haver muita facilidade de integração.
Na verdade, vamos percebendo que arte de conviver com pessoas exige uma boa dose de paciência e humildade. Muitos são os que pensam diferentes, têm opiniões distintas das nossas, e se comportam de um modo que desaprovamos. Há ainda os que fazem bullying, os que escolhem serem nossos inimigos e os que disputam posições e amigos.
Na vida adulta continuamos a frequentar círculos sociais distintos, por necessidade profissional inclusive. E em muitos destes espaços encontramos pessoas tímidas, extrovertidas, confiáveis, falsas, amorosas, orgulhosas, afetivas e frias.
Pessoas com atitudes falsas e cínicas podem nos enganar por um certo tempo. Elas sabem como elogiar, conseguem fazer massagem no ego alheio visando publicidade e poder, e podem encantar a muitos. Mas pessoas altivas e orgulhosas nós identificamos rapidamente, bastando poucos minutos de conversa.
O orgulhoso tem orgulho do próprio orgulho. Ele não esconde o quanto se admira e faz um excelente marketing pessoal. Quando suas atitudes ou palavras são colocadas em cheque, sua empáfia o distingue, e sua atitude arrogante e altiva não nos passa despercebida – ele sempre vai apontar as falhas alheias e inocentar-se de todas as culpas.
A Bíblia afirma que O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda. (Provérbios 16.18). Pessoas orgulhosas, que não usam de bem senso, que não voltam atrás em suas decisões mesmo quando estas se mostram errôneas, caminham a passos largos para o abismo.
O orgulhoso tem dificuldade de reconhecer o erro, não pede perdão nem quando sabe estar destruindo relações de afeto familiares. Não segue os conselhos dos mais velhos e entendidos. Prefere não depender do afeto alheio, e pensa que consegue sobreviver sem o amor ou o favor dos outros à sua volta. Acaba solitário, sem afeto, e sem a benção de Deus!
O orgulho é um perigo, causa destruição a relacionamentos sadios, e fecha portas profissionais e ministeriais. E o mais difícil é que, quando apontado por outros, nem sempre a razão, já cauterizada, permite que o orgulhoso se conscientize de que precisa mudar sua postura, seu olhar, seus valores e suas atitudes.
Livre-se do orgulho. Avalie constantemente suas ações e motivos, partilhando afetos, dando honra a quem merece, ouvindo e valorizando mais os outros que o amam. Volte a pedir desculpas e elogie atitudes alheias, sendo honesto em seus afetos e na compreensão das qualidades das outras pessoas.
Aprenda a considerar os outros superiores a você, como nos ensina Paulo: Não sejam egoístas, nem tentem impressionar ninguém. Sejam humildes e considerem os outros mais importantes que vocês. (Filipenses 2.3 NVT).
Afinal, nunca seremos a cereja do bolo, ou a pessoa mais competente sempre, por mais que nos esforcemos. Cabe-nos fazer o nosso melhor, sendo sempre a melhor pessoa possível em nossas relações sociais, permitindo que outros possam expor suas competências e opiniões.
Sempre seremos parcialmente dependentes do afeto e dos conselhos de algumas pessoas, e absolutamente dependentes da misericórdia de Deus!
Elaine Cruz
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