Outubro Rosa é um movimento que teve início no ano de 1990 em um evento chamado "Corrida pela cura" que aconteceu em Nova Iorque, para arrecadar fundos para pesquisas realizadas pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. Desde então, todos os anos, no mês de outubro, uma campanha mundial é realizada com a intenção de chamar a atenção da sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama.
De forma sistemática, e bem fundamentada nos relatos e pesquisas médicas, a mobilização visa também à disseminação de dados preventivos sobre o câncer de mama. Ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde da mulher, encorajando mulheres a realizarem seus exames preventivos de rotina, especialmente a mamografia, que identifica mais de 95% dos casos de câncer em estágio inicial, quando há possibilidade de cura.
Como nos estágios iniciais a doença é assintomática, quando a mulher não sente dores ou percebe as alterações metabólicas, a mamografia é imprescindível, sendo o principal método para o rastreamento da doença. Infelizmente, a grande maioria das mulheres não realiza os exames preventivos e não busca a mamografia, e são muitas as que acabam desenvolvendo o câncer de mama – um tumor maligno que ataca o tecido mamário, provocando alteração de trechos das moléculas de DNA, e causando uma multiplicação das células anormais que geram o cisto ou tumor.
O câncer pode evoluir de diferentes formas, e há vários tipos de câncer de mama: alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. E embora o câncer de mama também acometa homens, (cerca de 1% do total de casos da doença), é muito mais comum na mulher, especialmente quando há outros casos na família. O tratamento pode incluir radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, terapia biológica e cirurgia. A cirurgia pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou ser uma mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária.
Todas nós conhecemos mulheres, jovens ou de meia idade, em nosso meio familiar, na igreja e no círculo social em que estamos inseridas, que já tiveram câncer da mama. Algumas conseguiram fazer o diagnóstico ainda no início, mas muitas são as que tiveram que passar ou quimioterapias, perdendo cabelo e imunidade bioquímica, ou que tiveram que retirar grande parte ou a totalidade de seus seios. Nestes casos, mais do que a beleza ou estética corporal, lidar com a retirada dos seios é algo que mexe com a imagem e sexualidade feminina.
Muitas são as que se escondem de seus cônjuges, que passam a ter vergonha de seus corpos, que se acham menos femininas ou belas quando retiram os seios. Outras comprometem a vida sexual em seu casamento, especialmente quando seus maridos não sabem lidar com o novo visual de suas mulheres, honrando-as e elogiando-as pelo que são, e não pela nova aparência que possuem. E, infelizmente, ainda há um número bem grande de mulheres que não falam a palavra câncer, interpretando esta doença como uma semente maligna, como se o câncer fosse consequência de pecados ou maldições espirituais. O câncer é uma doença séria sim, que precisa ser tratada com valentia e destreza, mas câncer não é resultado de ausência de Deus ou de uma vida pecaminosa. Pessoas evangélicas podem ter câncer, mas sempre terão o Deus que cura todas as doenças!
Minha palavra pra você, neste mês de outubro, e em todos os outros meses da sua vida é Cuide-se! Faça o auto exame regularmente quando tomar seu banho ou se deitar, passando os dedos sobre seus seios para perceber se há algo estranho, pois a maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres no auto exame. Manter o peso corporal, praticar atividade física, se alimentar de forma saudável, evitar estresse e fazer consultas anuais ao ginecologista também são formas de prevenção do câncer de mama.
E lembre-se que, ao ser diagnosticada, trate-se o mais rápido que puder. Não se preocupe com a queda de cabelo, com o que os outros vão falar do seu novo visual, ou dos prognósticos médicos. Deus tem a soma dos nossos dias, Ele quer nos dar saúde e qualidade de vida, e será sempre o Médico dos médicos. Portanto, faça a sua parte, não tenha medo de uma doença que pode ser tratada por médicos e curada por Deus, e não deixe sua fé e sua auto estima se abater.Levante-se, sorria, encare os tratamentos, e viva plenamente sua profissão e seu casamento, mantendo sua sexualidade e sua resiliência em alta!
Elaine Cruz
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