Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

O crescimento da Nomofobia

O medo é uma emoção inata e natural ao ser humano, entendida como um instinto primário para garantir nossa sobrevivência física. Entretanto, não nascemos com medo de coisas que não conhecemos: nossos medos são aprendidos, e quanto mais convivemos com pessoas medrosas, mais medrosos ficamos. 

O medo pode ser simples, como medo de insetos, de tempestade ou do escuro. Estes medos em geral são aprendidos na infância, por vezes sem nenhuma associação com um fato específico, mas sempre construídos por outras pessoas, e associados a vivências e questões sociais.   

Quando o medo cresce, a ponto de paralisar e impossibilitar a vida cotidiana, algumas pessoas desenvolvem medos específicos muito aterrorizantes, chamados de fobias.  

Quando o medo de determinados lugares, objetos ou situações é excessivo e descontrolado, a ansiedade surge ao primeiro pensamento de possibilidade de confronto com o que se teme. A pessoa passa a ter comportamentos irracionais, realizados para gerar um sentimento de segurança. 

Mesmo reconhecendo que o medo é exagerado, ainda assim o pavor domina as pessoas a tal ponto de muitas paralisarem, sofrerem taquicardia, náuseas, tonturas e até desmaios. 

A pandemia evidenciou o interesse do brasileiro pela comunicação, mais especialmente pelo hábito, e vício, pelas redes sociais que o aparelho disponibiliza. No Brasil, o número de celulares vendidos é maior do que o  número da população do Brasil. 

É cada vez mais frequente a reclamação de professores, cujos alunos direcionam muito mais a atenção a seus aparelhos celulares do que à aula expositiva. Da mesma forma, todos já percebemos a avidez das pessoas em seus celulares dentro de ônibus, metrô e trens, e muitas vezes lendo mensagens quando na condução de um carro!

Muitos almoços de família se tornam silenciosos, pois os membros da casa, mesmo ao sairem para restaurantes, se isolam um dos outros para manter "contato" com sua rede de amigos virtual. Muitas pessoas estão cada vez mais dependentes de celulares, vários casamentos estão definhando por conta do pouco diálogo, e é grande o numero de pessoas que passaram a usar mais de um telefone celular.

A dependência do celular e de outros equipamentos tecnológicos que permitem a comunicação é uma doença chamada de nomofobia ou nomobilofobia, que significa no mobile – ou medo de estar sem “mobilidade”, quando as pessoas não conseguem se desprender da tecnologia, deixando os aparelhos ligados 24 horas por dia, inclusive enquanto dormem.

A nomofobia pode causar ansiedade, desamparo, angústia, impotência, pânico, taquicardia, sudorese, insônia, e pode levar a uma dependência extrema, onde a pessoa fica sem dormir para não se desconectar ou pela ansiedade de saber que vai ficar um tempo sem se comunicar com alguém.

Uma vez diagnosticada, esta síndrome exige terapia psicologia e/ou medicamentosa, com a urgência de que hábitos sejam modificados e a pessoa se volte mais para o seu mundo real e relacional.

Neste momento em que ainda passamos pela pandemia, e em que nos acostumamos a cultos online e a vendas por aplicativos, o uso do celular se fez necessário para muitas pessoas. Muitos se registraram em aplicativos e passaram a usar ainda mais as redes sociais. Contudo, com o crescimento da nomofobia, especialmente entre adultos, precisamos repensar nossos  hábitos. 

Desligue-se do mundo à sua volta e reconecte-se mais a Deus.  Interaja com as pessoas reais à sua volta, dilua sua expectativa sobre estar conectado com outros, diminua a quantidade suas postagens, e selecione as informações que deseja processar, e invista mais tempo com você mesmo e com Deus! 

Não se permita viver dependente dos likes alheios, e nem ansioso pelo número de curtidas em suas postagens. Não dependa de pessoas, e muito menos de uma aparelho celular que o “conecta" a outras pessoas. Se é para depender, dependa de Deus!

elaine

 Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

Lança o teu pão! 

Escrito por Elaine Cruz
Lança o teu pão! 

Estou escrevendo este artigo diretamente da cidade do Porto, em Portugal. Deste país,...

Uma palavra às solteiras

Escrito por Elaine Cruz
Uma palavra às solteiras

Embora vivamos em um mundo dito avançado, alguns países promovem casamento forçado, ainda...

Em uma próxima vez…

Escrito por Elaine Cruz
Em uma próxima vez…

Minha bisavó materna nasceu na cidade de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro. A des...

Renove-se!

Escrito por Elaine Cruz
Renove-se!

O Salmo 139, que é um dos meus prediletos, afirma no verso 14: Eu te louvo porque me fizes...

Saudades constantes 

Escrito por Elaine Cruz
Saudades constantes 

É muito comum, quando as pessoas perdem uma pessoa que amam, especialmente quando estas fa...

Ser Mulher

Escrito por Elaine Cruz
Ser Mulher

Minha avó materna teve uma infância difícil, trabalhando muito em casa para apoiar os irmã...

Guardando moedas

Escrito por Elaine Cruz
Guardando moedas

Há um ditado popular bem conhecido desde os primórdios da sociedade, que diz: “vou pagar n...

 

 

SOBRE


Com o objetivo de ajudar as mulheres cristãs da atualidade, a CPAD prepara um presente especial para elas: o site de conteúdos Mulher Cristã. O novo espaço feminino vem repleto de conteúdos inéditos, sempre com temas voltados para as mulheres cristãs de nossos dias.

©2024 CPAD: Av Brasil 34.401 - Bangu - Rio de Janeiro - CEP: 21852-002 - Brasil - CNPJ 33.608.332/0001-02. Designed by CPAD.