Estamos prestes a concluir um ano complexo, com foi este ano de 2020, e nos ciclos que se encerram, como nos últimos dias de um ano, precisamos considerar o que vivemos, e a fragilidade da nossa humanidade.
Na vivência da pandemia, muitos são os que passaram alguns dias em hospitais, assistindo de perto a impotência da medicina face à fragilidade humana diante de um vírus tão minúsculo. Tantos são os que perderam pessoas queridas, e precisam lidar com a saudade, internalizando a consciência da perda e se adaptando a novos tempos. Afinal, a nossa vida muda depois que perdemos pais e irmãos, como se nossas raízes fossem arrancadas. Quando um cônjuge amigo falece, nada mais será como antes, e teremos que reaprender a andar sozinhos. Perder filhos é uma dor que gera traumas, é contra a natureza da vida, e pais amorosos vão conviver com o vazio deixado por quem já foi.
Neste ano, muitos são os que perderam seus empregos, outros reaprenderam a viver em família, e todos experimentamos um sentimento de impotência frente a um vírus tão minúsculo.
Contudo, talvez a melhor forma de lidar com todo este complexo monte que vivemos, seja aprender a escolher como olhar para as vivências e os momentos atuais, escolhendo a perspectiva positiva dos fatos.
Comece agradecendo a Deus por sua vida, pelo cuidado, pelos dias tristes e solitários, e pelos livramentos que nem mesmo percebeu. Deus esteve cuidando, cercando e abençoando você e sua casa, e não perdeu o controle de nenhuma situação difícil da sua vida!
Em segundo lugar, perceba o quanto você aprendeu a viver de forma disciplinada, observando regras de convívio social e de cuidados físicos tão importantes, como a lavagem constante das mãos, o asseio com os sapatos que foram usados na rua, e a limpeza mais apurada dos legumes e verduras. Afinal, precisamos de disciplina para viver a vida. Disciplina para organizar nossa rotina, para cuidar da saúde física e mental, e para equilibrar nossa vida emocional e espiritual. Disciplina para escolher amigos, para selecionar sites a navegar, e para limitar os temas de conversas com terceiros. Precisamos disciplinar nossa alimentação, nosso tempo, nossos pensamentos, sentimentos e desejos.
Observando a fragilidade da nossa vida física, voltamo-nos para Deus. Ele será sempre a esperança que precisamos, a alegria que nos motiva, o amor que nos completa. E priorizar a nossa vida espiritual deve ser a nossa meta primeira de vida. De que adianta viver oitenta anos na casa de Deus sem frutificar o que precisamos? De que vale o ativismo na igreja sem que o Espirito Santo colha em nós os frutos que precisam ser produzidos para sermos aceitos por Deus? Por vezes nós ajudamos muitos irmãos em Cristo, mas deixamos de frutificar paz, bondade ou domínio próprio.
Podemos escolher analisar todas as complexidades desta pandemia, nos assustando com os números que continuam crescendo, e com os índices de mortos que não param de subir. Mas podemos, de forma inteligente, decidir analisar quanto temos sido abençoados por Deus, e como somos privilegiados por termos a sua Palavra, a Bíblia Sagrada, que nos adverte quanto aos tempos difíceis, e que não falha jamais!
Doenças físicas e sofrimentos emocionais aguardam todos aqueles que decidem manter sua mente focada nos aspectos negativos das suas vivências. Portanto, decida manter os seus olhos nas bençãos, trazendo à memória o que lhe dá esperança, priorizando os aspectos positivos do que tem vivido com sua família e com Deus – e sua vida será repleta da paz que excede todo entendimento e que não está circunscrita às situações da vida!
Elaine Cruz
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