Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Namoros possessivos

Namoro - Parte 3

O homem não é dono de si mesmo, dificilmente controla seus pensamentos e sentimentos, não sabe de suas potencialidades e nem se conhece completamente. 

Mesmo assim, há pessoas que pensam poder manipular e controlar outros, que quando namoram assumem a postura de posse. São extremamente ciumentas, possessivas e dominadoras.

Quando uma pessoa age desta maneira em um namoro, acaba sufocando o outro, e geralmente quer o namorado(a) só para si, afastando seu par da igreja, dos amigos, primos, pais, irmãos, filhos, de Deus e, para complicar, até mesmo dela mesma. O ciúme acaba com as forças do outro, e leva à morte um relacionamento, pois duro como a sepultura é o ciúme. (Cantares 8.6). 

Toda pessoa que ama quer preservar seu par, quer que este só tenha olhos e sentimentos por ela. Este cuidado ou ciúme é natural, e dentro dos limites poder ser até mesmo uma prova de amor ao outro. Afinal, nenhuma mulher quer ver seu namorado olhando ou elogiando mais outras mulheres do que ela. Do mesmo modo, nenhum rapaz gosta de ver sua namorada conversando muito com outro homem ou pegando carona com ele para ir ao trabalho. Quando falamos do ciúme ou da possessividade estamos nos referindo ao ciúme excessivo, doentio, que transforma o relacionamento em palco de brigas constantes.

Quando se é muito novo, o ciúme tende a ser mais forte. Quando nossas filhas começam a namorar cedo demais, começam uma relação sem o preparo intelectual, ou maturidade espiritual e emocional suficiente. Além disso, quem começa cedo pode passar pelos problemas de um namoro longo, ou se casar cedo. E se precisamos de maturidade para o namoro, o que se dirá para o casamento? Não há casamento que resista a um casal imaturo e despreparado espiritual, intelectual e emocionalmente, por mais paixão e boa intenção que este tenha.

Quando se começa a namorar cedo, e este não dura muito tempo, a tendência é que a pessoa namore várias pessoas, e acabe se envolvendo com um par que não corresponda a ela. Ou pior, ela pode se apaixonar por alguém que a faça sofrer, e até mesmo amar quem não a merece, aumentando ainda mais o ciúme, por não poder contar com a confiança no amor do outro.

Quem tem ciúmes em excesso do namorado(a) não tem confiança de que Deus escolheu e separou seu par. Quando Deus é convidado para escolher e orientar um namoro, ele cuida dos sentimentos de ambos. O ciumento possivelmente não sabe que é Deus quem nos dá o verdadeiro amor e que Ele é o único que pode sustentar um namoro ou casamento. Lembre-se ainda que o ciúme faz parte das obras da carne (que existem naqueles que não são guiados pelo Espírito Santo) e está relacionado entre os pecados que entristecem a Deus: As obras da carne são conhecidas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, CIÚMES, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias... os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. (Gálatas 5.19-21). 

Pessoas extremamente ciumentas, possessivas ou dominadoras geralmente escondem uma grande insegurança e baixa estima, e sempre procuram pessoas carentes (e só os mais fracos emocionalmente é que acabam se deixando manipular). O problema é que, uma relação de namoro, que deveria ser de troca e cheia de descobertas e venturas, acaba se tornando uma relação de dependência entre duas pessoas desequilibradas emocionalmente.

Por mais que o discurso da pessoa possessiva seja do tipo “Eu quero você só para mim porque eu te amo” ou “Fique comigo, pois eu faço isto porque te amo”, de fato não é amor real, pois a pessoa ciumenta é extremamente egoísta. Afinal, o amor não é egoísta… não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. (1 Coríntios 13.5).

Fuja da dependência emocional, resolva suas carências e não se envolva em um namoro possessivo e centralizador. Nem Deus, que é nosso Senhor, nos quer oprimidos, mas sempre nos lega o direito de estar com ele por amor!

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 Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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