Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Namoros Impuros

Namoro - Parte 4

Quando nascemos aprendemos com a nossa família quais são os nossos limites. Cada lar tem suas regras, e são os pais os primeiros que delimitam aonde é que terminam os nossos direitos e começam os dos irmãos ou parentes. Quando vamos para o colégio, frequentamos uma igreja ou nos matriculamos em uma universidade, ou somos admitidos em um emprego, sempre temos normas e limites a observar.

No namoro não é diferente. Ele deve ter regras bem claras, que devem ser discutidas pelos dois, como: Quais os dias da semana que o par vai separar para namorar? Quais os lugares que irão frequentar? Como vão conciliar as atividades de ambos no trabalho, na igreja ou na família? Quais as pessoas com quem vão sair? Quem são os amigos a serem afastados da relação do casal? Quem paga o que? Quais os hábitos que um não gosta no outro que devem ser evitados?

Paralelamente, é imprescindível que o casal de namorados discuta os limites do corpo de cada um. Há pessoas que se excitam mais rápido do que outras, e cada um é que sabe de si. Portanto, o casal deve conversar sobre a duração dos beijos, sobre quais as partes do corpo não devem ser tocadas, os filmes que ambos verão juntos, bem como as palavras que deverão ou não ser ditas, pois há frases que excitam mais do que carícias.

Se o seu namoro faz você se sentir mal quando pensa em Deus ou precisa orar a ele, alguma coisa anda mal. O namoro deve ser puro e cada encontro deve fazer com que o casal se sinta mais leve, confiante e tranquilo junto ao par, e não ansioso, pesaroso ou com sentimentos de culpa ou remorso. Observe o texto de Eclesiastes 11.9: Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade. Anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos, mas sabe que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.

Este texto fala para adolescentes e jovens, mas se aplica a todas as faixas etárias. A Bíblia nos diz que a moça ou o rapaz deve se alegrar na sua juventude. Diz também que seu coração deve se recrear nos dias da sua mocidade, ou seja, aproveitar a vida (diante de Deus e na igreja, preferencialmente), nesta fase que sempre deixa saudade, pois é quando se faz muitas opções, inclusive pelo homem ou mulher da nossa vida.

A Bíblia diz que podemos andar “pelos caminhos do coração”, o que significa que temos a opção de ouvir seu coração e se dedicar a relações afetivas, como amizades e namoro. A Bíblia também fala sobre andar “pela vista dos olhos”, indicando que é na juventude, mais do que nas outras fases da vida, que se deve arriscar, ir à luta, superar desafios. E sabemos que há também aqueles que se apegam pelos olhos – escolhem seus pares só pela aparência. 

Contudo, a continuação do texto nos diz que daremos juízo de tudo o que fizermos a Deus. Dar juízo significa prestar contas, que poder ser sofrer consequências por nossos atos – que com relação ao namoro impuro pode ser adquirir uma gravidez indesejada, sofrer a perda do respeito próprio ou da virgindade, ou acabar se casando com alguém que não estava nos planos de Deus.

Portanto, entenda que, se você estiver excitando seu namorado a ponto de se divertir ao vê-lo descontrolado, ou se o seu namoro for indecente a ponto de você se sentir constrangido em namorar na vista de outras pessoas ou em lugares claros, cuidado: está faltando pureza no seu namoro, e você terá que prestar contas disto a Deus.

Assim sendo, no namoro, seja na juventude ou na velhice, os limites devem ser colocados com franqueza e clareza. Não adianta você ter vergonha de discutir os limites das carícias com seu namorado(a), mas não ter vergonha de entregar seu corpo a toques abusivos, ou não ter vergonha de Deus.

É importante que você saiba que, quando falamos em carícia, estamos nos referindo a expressões físicas de afeto relacionadas à intimidade sexual. Isto significa dizer que é mais do que um simples demonstração afetuosa de carinho – na carícia há uma intenção clara de excitar, provocar, estimular e quebrar o controle do outro para conseguir o que se quer ou para lhe proporcionar prazer. Portanto, no namoro fuja dos toques nas áreas erógenas, nos seios e nas genitálias. Controle a duração do beijo e observe onde as mãos passeiam no corpo alheio. Deus nos quer santos para Ele!

Quando o casal de namorados se envolve em carícias, brinca com fogo, e quem brinca com fogo acaba se queimando. Quem está interessado em ter um namoro puro, decente e cristão, deve evitar maiores intimidades, pois cedo ou tarde, sua intimidade acabará levando-o a um envolvimento sexual, o que só é permitido dentro do casamento: Ora, quanto as coisas que, me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher... Caso, porém, não se dominem, que se casem, porque é melhor casar do que viver abrasado. (1 Coríntios 7.1,9)

Paulo reconhece que por causa da tendência humana para a imoralidade, deve-se procurar casamento. Ele tinha consciência de que, uma vez que uma pessoa experimenta tocar e ser tocado pelo outro de uma maneira mais íntima, ela quer sempre mais proximidade. Paulo sabia do impulso natural do ser humano em ter o seu par, que o propósito de Deus é que o a pessoa escolha um companheiro(a), case-se e viva em namoro pelo resto da vida.

Lembre-se de que se o seu par não respeitar seus sentimentos não vai respeitar você. Recorde-se ainda que o compromisso vem antes do sexo, de modo que antes da doação do corpo há que haver a doação dos pensamentos e sentimentos de um para com o outro. O amor verdadeiro não vai querer arruinar a sua vida ou a sua reputação, nem arriscar fazê-la ficar grávida antes do matrimônio. O amor verdadeiro exige autocontrole.

Não sustente um namoro que esteja firmado em valores morais e espirituais errados. Namoro sem compromisso e sem interesse para o casamento é namoro inconsequente e sem responsabilidade.

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 Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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