Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Namorar para Casar

Namoro - Parte 5
Um casal de namorados precisa se conhecer bem para decidir sobre um compromisso mais sério. Casamentos que nascem de namoros de meses acabam tendo muitos atritos e surpresas, isto quando não acabam em divórcio.

Entretanto, conheço casais que namoram dez, doze, quinze anos. Certa vez, recebi em meu consultório um casal que já havia iniciado um processo de divórcio após dois anos de casados. Qual não foi minha surpresa ao saber que eles haviam namorado dezoito anos e foram noivos por mais quatro! Por vinte e dois anos eles se relacionaram, e depois de tanta pressão da família, chegaram a um casamento onde não havia mais amor, mistérios ou descobertas a se fazer.

Namoros longos trazem desgaste e acomodação. Geralmente, estes não são mais baseados em amor, mas em amizade, pena (de terminar com o outro que lhe deu tantos anos), culpa ou laços de família. Pode acontecer do casal se acomodar ao fato de namorarem sem que isto implique em responsabilidades ou atritos maiores: o rapaz não precisa se preocupar em montar uma casa, a moça se esquiva de executar as tarefas domésticas que se somam ao casamento, e ambos preferem voltar para a casa dos pais quando discordam de alguma coisa.

Há ainda o fato de que, ao longo dos anos e dos encontros, o casal precisa de mais intimidade. Ao invés de obtê-la no casamento, que é o local específico para tal, comumente o par acaba realizando relações sexuais – o que vai  favorecer ainda mais ao sentimento de culpa e de acomodação. Afinal, se há prazer sem compromisso, por que haveriam de se casar?

Atenção mulheres: se seu namorado tem condições financeiras e emocionais para se casar, e vem lhe enrolando por seis, nove ou dez anos, busque direção de Deus e seja sábia! Ore a Deus para que ele lhe mostre o que de fato está acontecendo: se ele só está com você porque tem pena ou se culpa por estar acomodado à vida vida sexual pecaminosa. E se vocês ainda não tiveram relações sexuais, continue resguardando sua virgindade e orando para que seu namorado se decida de uma vez, a fim de manter ou de liberar você definitivamente.

Por fim, se ao longo destes anos você sente que ele não nutre por você nenhum tipo de atração, e que o namoro de vocês é insosso e se baseia em aparências ou acomodação, por mais que ele seja respeitoso e decente, convém repensar os propósitos do seu namoro. Não fique com um homem por causa do seu dinheiro, se você de fato não o admira e confia nele para se casar com ele!

Avalie ainda se é você quem não sente vontade de se casar, Você pode não amar o suficiente, ou ter se acomodado à uma vida pecaminosa. Pode ainda estar fugindo das muitas cobranças, especialmente quanto a cuidar de casa e filhos. Afinal, casamento implica em responsabilidades, e é importante querer abraçá-las.

Por outro lado, reavalie seus afetos, seu amor pelo seu noivo e se pergunte se seus exemplos familiares a impedem de dar o passo final para o casamento. Lembre-se de que podemos ser mais felizes que nossos pais, por mais difícil que sejam seus exemplos da casa paterna. E até mesmo aquelas que tiveram um primeiro casamento infeliz, sofrendo infidelidades e traições, podem ter a oportunidade de um segundo casamento feliz – desde que escolhido sob a orientação de Deus.

Para muitas que já não são mais novas, e namoram já na fase madura da vida, com seus quarenta ou cinquenta anos, é bom lembrar que nesta idade é raro encontrar um homem que não seja viúvo ou divorciado e com filhos. Para estas, é sempre importante avaliar que, no momento do casamento, precisarão receber também os filhos, muitas vezes administrando e convivendo com as ex-esposas. Há que haver, nestes casos, muita sabedoria e maturidade, de modo a abraçar os de fora, ao mesmo tempo que prioriza seu relacionamento conjugal.

Sim, o namoro pode ser complexo. Mas deve sempre ter metas, e seu propósito é preparar para o casamento. Portanto, que ele não seja curto ou muito longo. Que ele observe as vivências a serem partilhadas, e que seja edificado na Rocha, que é Cristo!

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 Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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