Namoro - Parte 7
O principal objetivo do namoro é aprofundar o conhecimento sobre uma pessoa que já conhecemos de forma superficial e casual de meios sociais, como a igreja que frequentamos ou o espaço de trabalho – uma pessoa que aprendemos a admirar e respeitar, a partir do estudo minucioso dos seus atributos morais, do seu caráter, das suas atitudes e valores, e especialmente do seu comprometimento com Deus.
Muitas vezes o namoro surpreende. Com a proximidade, observa-se que a pessoa aparenta ser uma coisa que não é: quando percebemos que o tratamento dado aos pais e irmãos é desrespeitoso, ou quando o status de namorado(a) faz com que o outro se torne extremamente possessivo ou agressivo. A convivência pode descortinar uma pessoa sem caráter, ou com um discurso diferente da prática bíblica, especialmente quanto a uma libertinagem que leva a atitudes desonrosas e anti bíblicas. Nestes casos, quando a descoberta acaba sendo negativa, o melhor é terminar o namoro o quanto antes, enquanto o coração ainda não está preso, ou a dependência afetiva ainda não aflorou com força total.
Quando um namoro surpreende positivamente, os meses se passam e o casal percebe que “fomos feitos um para o outro”. Princípios e valores morais coadunam, as metas e planos de vida coincidem, as famílias (mesmo diferentes) se aproximam, e o namoro aproxima ainda mais o casal de Deus – eles oram juntos, fazem devocional, estudam a Bíblia e trabalham na Casa de Deus com alegria! Nestes casos, quando o namoro faz bem à vida emocional e espiritual, o passo seguinte é começar a pensar no noivado.
O noivado é para casais que já têm a data do casamento em vislumbre, e que estão certos do compromisso que querem fazer diante de Deus de viverem a vida conjugal num futuro próximo. Noivado é comprometimento, um período de preparação da futura casa e dos arranjos social e familiares a serem feitos para a concretização do casamento. Note: não é o período para preparar a festa do casamento, mas para organizar o casamento que implica no cotidiano da vida a dois, que passará a ser escrito por duas pessoas que se tornaram cônjuges, ate que a morte os separe!
Noivado é coisa séria. No tempos bíblicos, inclusive do Novo Testamento, ele só era desfeito através da Carta de Divórcio – os noivos não estavam só prometidos um ao outro (muitas vezes por conta de arranjos familiares), mas já estavam comprometidos, eles e suas famílias, pelas Leis morais e sociais vigentes da época.
Hoje, muitos tratam o noivado como uma forma de prender o outro, muitas vezes ficando noivos por anos, sem terem condições financeiras ou desejo sincero de organizarem um casamento em uma data próxima. Outros ficam noivos sem de fato estarem absolutamente certos da escolha do par para todo o restante de seus vidas – e muitos destes se casam para dar conta da expectativa dos familiares e amigos, ou só porque os colegas mais próximos estão se casando, e não querem perder o momento!? Se você namora uma pessoa e não tem desejo ou intenção de casar-se com ela, repense sua escolha de namoro.
Se você namora para passar tempo, para não ficar sozinho, ou não consegue se ver vivendo em um casamento que reproduza a relação abusiva ou agressiva do seu namoro, termine o quanto antes!
Contudo, se seu namoro tem abençoado a sua vida, trazido paz para a sua família, fortalecido sua autoestima, acrescentando valores à sua vida pessoal e profissional, e aproximado você ainda mais de Deus, planeje seu noivado, caso você tenha condições emocionais e financeiras para fazê-lo. Afinal, um noivado abençoado vai produzir um casamento feliz!
Elaine Cruz
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