Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

A Jornada da Maternidade

Qual menina já não brincou de boneca? Quem, na infância, já não se imaginou no lugar da sua mãe, dando papinhas a bonecas, ou repetindo as palavras das reprimendas recebidas?

Como fui criada na igreja, além de educar minhas bonecas, eu ainda pregava para elas, repetindo a mensagem que ouvia na igreja – todas elas conheciam as histórias bíblicas e ainda eram obrigadas a aceitar a Jesus, pois eu mesmo levantava os braços delas!

Algumas meninas crescem e, ainda na adolescência, sonham com a maternidade e já escolhem os nomes dos filhos. Outras, como eu, simplesmente vão vivendo um dia de cada vez, esperando o momento certo para pensar nos nomes e na maternidade.

Quando há maturidade e seriedade nas escolhas da vida, e o dia da iniciação maternal chega, a notícia da gravidez (planejada ou não pelo casal) altera radicalmente quem somos. Poder gerar filhos é uma dádiva de Deus às mulheres. Sentir uma outra vida pulsar no ventre, perceber os movimentos e antecipar o temperamento mais agitado ou tranquilo do filho que vai nascer, é algo para o qual nenhuma mulher está preparada, até engravidar!

A construção da maternidade, que começa na infância, quando toma sua forma no útero, gera apreensão, mas muita alegria. Mas nada se compara ao momento de receber os filhos nos braços, conferindo a beleza e perfeição de seus dedos, ou observando o olhar meigo, despretensioso e curioso do recém nascido descobrindo o novo meio social em que está inserido.

Acompanhar o desenvolvimento humano é descobrir o novo diariamente. Formar um novo indivíduo em toda a sua complexidade é uma tarefa estafante, mas reconfortante. E é um privilégio poder interferir, dirigir e acompanhar as diversas fases e vivências: a amamentação, os sorrisos intencionais, os olhares curiosos, a descoberta das formas e cores, o engatinhar, os primeiros passos, a primeiras corridas, as primeiras palavras e abraços.

O tempo passa rápido, e logo os nossos bebês começam a escolher suas roupas, vão para a creche, fazem novos amigos, iniciam a fase das perguntas e crescem… Rapidamente chegam à adolescência, selecionam músicas e conversas barulhentas, escolhem suas profissões, e saem de casa para trabalhar, estudar e formar suas próprias famílias.

Quando todos deixam o lar, ficam as lembranças e alguns objetos (um violão, fotografias, livros…) que contam histórias muito pessoais. Continuamos mães, mas agora de filhos distantes fisicamente, pelos quais oramos e amamos no silêncio da saudade, e que apertamos em abraços gostosos nos reencontros que a vida nos permite usufruir. Com a chegada dos netos e bisnetos, relembramos a infância dos nossos filhos, mas com o devido distanciamento, e esvaziadas de atribuições, pois sabemos que agora é o momento dos nossos filhos e netos serem abençoados com o privilégio de formar os indivíduos que geraram.

A maternidade nunca deixa de existir. Quando uma mulher perde seus pais ela pode ser chamada de órfã. Quando perde seu marido ela se torna socialmente uma viúva. Mas não há uma palavra para a mãe que, com uma dor indescritível, perde seus filhos para a morte – seu estado social não muda, pois ela continua sendo mãe, se sentindo maternal, se sabendo genitora, mesmo que não possa mais ver ou abraçar seus filhos.

Que Deus nos permita poder encontrar nossos filhos nos céus, formando-os e entregando-os para o Pai das Luzes! Só então nossa maternidade será completa, pois será eterna!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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