Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Uma vasilha de azeite

Eu sou casada com filho de portugueses, que coloca azeite em pães, saladas e diversos assados. Através do Alvaro eu consegui minha cidadania portuguesa, aprecio a culinária de Portugal, gosto de visitar as diversas cidades e aldeias lusitanas, mas eu confesso que não gosto de azeite.

Conheço os inúmeros benefícios do uso do azeite na dieta balanceada, e sei das diferentes utilidades do azeite, muitas das quais citadas pela Bíblia, como o uso como alimento, remédio, hidratante e até para a iluminação. Contudo, ainda assim, meu organismo não o aceita muito bem, a despeito de hoje eu escrever sobre ele! 

A Bíblia traz vários textos sobre azeite, onde muitas passagens são simbólicas e outras literais. E a grande maioria dos leitores já conhece a história registrada em 2Reis 4.1-7: Certo dia, a mulher de um dos discípulos dos profetas foi falar a Eliseu: "Teu servo, meu marido, morreu, e tu sabes que ele temia o Senhor. Mas agora veio um credor que está querendo levar meus dois filhos como escravos”. Eliseu perguntou-lhe: "Como posso ajudá-la? Diga-me, o que você tem em casa? " E ela respondeu: "Tua serva não tem nada além de uma vasilha de azeite”. Então disse Eliseu: "Vá pedir emprestadas vasilhas a todos os vizinhos. Mas, peça muitas. Depois entre em casa com seus filhos e feche a porta. Derrame daquele azeite em cada vasilha e vá separando as que você for enchendo”. Depois disso, ela foi embora, fechou-se em casa com seus filhos e começou a encher as vasilhas que eles lhe traziam. Quando todas as vasilhas estavam cheias, ela disse a um dos filhos: "Traga-me mais uma". Mas ele respondeu: "Já acabaram". Então o azeite parou de correr. Ela foi e contou tudo ao homem de Deus, que lhe disse: "Vá, venda o azeite e pague suas dívidas. E você e seus filhos ainda poderão viver do que sobrar”. Esta passagem traz várias aplicações para a nossa vida cristã e familiar. Contudo, vou me deter em trabalhar a importância da vasilha, ou botija de azeite, que a viúva diz ter em sua casa – até porque a vasilha de azeite foi o ponto de partida para o agir sobrenatural de Deus.

Todos nós estamos sujeitos a encarar situações desesperadoras na vida. Podemos sofrer as consequências dos erros alheios, vivenciar uma crise financeira, sermos acometidos por doenças e dores atrozes, ou encarar despedidas, mortes e mudanças de status. E é exatamente para estes momentos que precisamos manter nossa vasilha de azeite!

Algumas pessoas passam por problemas difíceis de saúde, encarando doenças crônicas durante anos. Sofrem dores atrozes, ficam limitadas para locomoção e estão sempre sendo submetidas a consultas médicas. Conheço mulheres amadas por Deus que lutam contra um câncer reincidente e cada vez mais agressivo, e que ao longo dos anos se submetem a quimioterapias e diversas cirurgias. Muitas delas são desenganadas pela medicina, mas não desistem: sua vasilha está repleta de azeite perfumado com a verdadeira alegria – aquela que nasce no meio da dor e do sofrimento atroz, mas que garante força para continuar a caminhada!

Há pessoas que, no passado, escolheram mal seu cônjuge. Lutam contra abusos emocionais, convivem com pessoas mal humoradas e irresponsáveis financeiramente, e ainda precisam suprir o afeto dos filhos e netos. Porém, têm em casa uma vasilha com azeite carregado de amor, que se desdobra em atos diários, como cozinhar e limpar a casa, mesmo quando não ouvem um “Obrigado” ou um pedido de perdão.

Conheço pessoas pobres, mas que têm uma vasilha de contentamento, enquanto muitas pessoas ricas passam sua vida desejando o supérfluo que ainda não possuem. Outras não são formosas ou bonitas, mas estão sempre se embelezando com a auto estima positiva dos que se sentem amados por Deus, e que espalham afetos a todos com quem convivem. Deus vai agir a partir do que temos em nossa casa, do que preservamos no nosso interior, do que podemos oferecer a Ele para que o milagre se realize. Portanto, em vez de colocar seus olhos no problema, ou de reclamar dos seus infortúnios, apresente sua vasilha de azeite: sua alegria, seu coração sem mágoa, seu contentamento, seu amor, sua fidelidade, sua obediência, seu trabalho, sua fé e esperança.

O que você tem na sua casa?

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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