Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Cada coração conhece a sua própria amargura

Nós temos uma estrutura emocional que contempla as mesmas emoções. Todos vivenciamos tristezas, alegrias, surpresas e medos.

O que nos distingue uns dos outros é o exercício e o controle das emoções. Uns se deixam levar pelas emoções, sem usar o filtro do bom senso e da racionalidade, e acabam colhendo consequências desastrosas.

Outros sufocam as emoções, não expressam nem mesmo o que sentem para as pessoas com quem convivem, amando ou sofrendo em silêncio. Por vezes, implodem: desenvolvem doenças psicossomáticas, fruto de mágoas e lembranças que vão definhando os afetos e destruindo os relacionamentos. 

A Bíblia, sempre maravilhosa, por ser a Palavra de Deus, é sempre verdadeira e atual. Muitos textos ressaltam as emoções dos personagens bíblicos, evidenciando que tiveram medo, tristeza, dúvidas, inveja, desejo de morrer, angústia e amor, dentre outras. Contudo, por mais que descreva as emoções humanas, a Bíblia também declara que “Cada coração conhece a sua própria amargura, e não há quem possa partilhar sua alegria.” (Provérbios‬ ‭14:10‬). 

Cada pessoa conhece a exatidão da dor que sofre. Vivencia a amargura e a alegria em dosagens que só ela pode mensurar. E por mais que fale do seu sofrimento, o sofrer é íntimo, pessoal e particular. 

O mesmo acontece com a alegria. Podemos rir, gargalhar, chorar de alegria, festejar uma vitória, mas o gosto da conquista e o contentamento das bençãos recebidas é só nosso - e só Deus, que conhece o nosso interior e nossas intenções, é que pode mensurar exatamente o que sentimos ou pensamos. 

Mesmo não podendo sentir exatamente a dor e partilhar a alegria dos outros, ainda assim precisamos ser solidários. Afinal, a Bíblia afirma: “Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram.” (Romanos‬ ‭12:15‬ ).

Assim sendo, precisamos escolher muito bem com quem partilhamos nossas vivências, preferenciando os que nos amam, nossas famílias, e os que acompanham nossa jornada na fé evangélica. Mas necessitamos contar as bençãos, compartilhar as alegrias, e ter pelo menos uma pessoa em quem podemos confiar para orar e nos ajudar nos momentos difíceis da vida. 

Jesus amava, sorria, chorava, conversava, e muitas vezes abriu seu coração com seus discípulos. No Getsêmani, quando profundamente angustiado, ele declarou: “Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo.” (Mateus‬ ‭26:38‬). Ele pediu apoio, expressou seus sentimentos e enfatizou sua dor. 

Precisamos orar e chorar quando tristes, rir e cantar quando estivermos alegres: “Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores.” (Tiago‬ ‭5:13‬). E a ordem bíblica é que possamos repetir e compartilhar, com sabedoria, nossas vivências, de modo a nos alegrarmos com os que se alegram, chorar com os que choram, e orar uns pelos outros para sermos curados (Tiago 5.16).

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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