Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

"Cuidado olho, boca, mão e pé” 

Quando penso na infância, e no cuidado que preciso ter com a minha vida, algumas palavras surgem  na minha memória: 

Cuidado olhinho o que vê
O Salvador no céu está olhando pra você
Cuidado olhinho o que vê 

Cuidado boquinha o que fala
O Salvador no céu está olhando pra você
Cuidado boquinha o que fala 

Cuidado mãozinha no que pega
O Salvador no céu está olhando pra você
Cuidado mãozinha no que pega 

Cuidado pezinho onde pisa
O Salvador no céu está olhando pra você
Cuidado pezinho onde pisa 

Cuidado olho, boca, mão e pé
O Salvador no céu está olhando pra você
Cuidado olho, boca, mão e pé 

Se você, ao invés de ler as letras acima, musicou o que leu, possivelmente já deve ter cantado esta canção algumas vezes na sua infância. Eu a cantei muito, e em muitas ocasiões as palavras O salvador no céu está olhando pra você me assombraram, trazendo temor e apreensão por pensar que Deus via meus erros.

Hoje eu consigo agradecer a Deus por canções como estas, que apontam para o fato de que precisamos cuidar dos nossos olhares, lábios, mãos e pés. Nos tempos que vivemos, as pessoas perderam o temor, e estão brincando com o pecado, contaminando suas vidas com o que assistem, ouvem, fazem e falam. Neste cenário, canções como estas precisam voltar aos nossos cultos domésticos e classes de EBD, nos fazendo lembrar da seriedade da vida cristã e do propósito da vigilância para a  santificação.

Sobre a importância dos olhos, Jesus afirmou que Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são! (Mateus 6.22,23). Portanto, cuidado olhinho com o que vê!

O apóstolo Tiago, ao  escrever sobre a língua, declara que ela é um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! (Tiago 3.7-10). Nossa boca deve ser santa, nossas palavras precisam ser sábias, nossas conversas bem ponderadas – portanto, cuidado boquinha com o que fala!

Nossas mãos representam nossas ações, nossas atitudes e nossas atuações. De modo a agradar a Deus, nossas mãos devem estar limpas, não podem estar envolvidas com atos escusos, ou com atitudes violentas e fraudulentas. Nossas ações devem ser santas, para que possamos orar em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões. (1 Timóteo 2.8). Então, assim sendo, cuidado mãozinha o que pega!

Os pés na Bíblia representam escolhas, retratam os caminhos pelos quais conduzimos nossas vidas. Precisamos escolher caminhos retos, não podemos correr para enganos, e nossos passos precisam se desviar de laços e abismos. Nossos pés precisam trazer Boas novas, e se desviarem de caminhos tortuosos. Necessitam ser retirados de casa do vizinho para que ele não se canse de você e passe a odiá-lo (Provérbios 25.27). Pés precisam estar firmados na Rocha, caminhando com alegria para a cultuar a Deus em sua Casa!

Cuidado olho, boca, mão e pé… o Salvador no céu está olhando pra você!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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