Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Atraídos por… Compras

Todos nós já gastamos mais do que deveríamos em compras, mesmo para uso doméstico, com gêneros de primeira necessidade ou com frivolidades. E tantos outros já se empolgaram gastando com coisas que já sabiam que não iriam usar – como sapatos e roupas com numeração errada, ou com apetrechos de cozinha inviáveis para o cotidiano de uma casa.

Conheço mulheres (e homens) que compram roupas de tamanho menor para quando conseguirem emagrecer. Já assisti pessoas que tiveram que vender carros para pagar faturas de cartão de crédito cheias de gastos com roupas desnecessárias e brinquedos descartáveis. Sem falar em pessoas que gastam, em passeios e restaurantes caros, cerca de duas ou três vezes o valor que ganham mensalmente.

Na grande maioria dos países, a busca pela riqueza é normal e a ambição é o incentivo fundamental para o consumo. Na nossa cultura,  onde o ter significa ser, os valores acabam sendo definidos pelos outros, e comprar passa a ser importante para satisfazer desejos reais ou socialmente esperados. Assim sendo, há pessoas que compram para se sentirem importante, e muitas outras compram compulsivamente presentes para outras pessoas, visando se sentirem aceitas ou amadas.

A Oniomania (proveniente da palavra grega onios, que significa à venda), é o termo técnico que descreve o desejo compulsivo por compras. Hoje esta compulsividade já é estudada como doença, pois adoece quem compra, provoca rupturas em casamentos e complica vida profissional e monetária de famílias inteiras.

Dentre as atitudes mais comuns dos que são viciados em compras, estão: pensar constante sobre o que comprar; fazer compras para aliviar emoções ruins e se animar; perder a noção do tempo quando está comprando; gastar mais do que o planejado; e ter o hábito de comprar sozinho, para que ninguém imponha limites nos gastos.

Há os que compram pelo prazer de poderem gastar, mas que deliberadamente devolvem ou trocam o que compraram – e há um termo especial para pessoas que compram algo e devolvem o produto logo depois, que é returnaholics. E também existem pessoas que são escravas de marcas, ou que estão sempre atrás de pechinchas: elas primeiro verificam o preço de um produto e continuam a pesquisar em outras lojas para verificar  preços maiores ou menores.

Pesquisas mostram que as mulheres tendem a comprar mais em termos de quantidade, enquanto os homens tendem a gastar mais dinheiro. E muitas pesquisas apontam que muitas mulheres preferem comprar a fazer sexo!

A verdade é que a atração por compras resulta em pessoas se afundando em dívidas, mentindo para seus familiares, gastando menos tempo em casa e infelizes. Até porque as compras não preenchem o vazio existencial que leva as pessoas a viverem uma vida baseada na necessidade de ser e ter mais do que os outros com quem convivem – uma meta impossível de ser alcançada, pois nunca teremos ou seremos tudo!

Assim, se nossa vida não é definida pela quantidade de bens, que possamos ser gratos pelo que temos, trabalhando com equilíbrio e definindo as prioridades dos nossos gastos e economias. Se queremos algo, podemos esperar, analisar a real necessidade, e evitar as compras por impulso. E precisamos nos lembrar de ensinar o controle das finanças aos nossos filhos, ensinando-os a economizar e organizar os gastos.

Paulo, ao escrever a Timóteo, já afirmou: nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos. (1 Timóteo 6.6-10).

Não seja atraído por compras. Busque educar seus desejos para que seus gastos abençoem e edifiquem sua vida!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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