Dezembro é o mês mais aguardado pelos comerciantes. A grande maioria das lojas fazem seus pedidos de mercadoria nos meses de agosto e setembro, e já em meados de outubro os estabelecimentos comerciais começam a aumentar seus estoques. E quando entramos no mês do Natal, a dança entre oferta e procura se amplia!
Com o décimo terceiro salário em mãos, que foi formulado como um subsídio financeiro para as festas natalinas, o combustível necessário para aumentar os gastos se instaura. As lojas ficam abarrotadas, o trânsito nas grandes cidades fica caótico, e as listas de compras só aumentam.
O comércio online, que tem crescido muito no Brasil, após a pandemia, também é favorecido pelos muitos eventos do Natal, como festas em empresas, diversos amigos-ocultos e eventos familiares com diferentes núcleos da parentela. E seguimos, todos os anos, comemorando e gastando – e graças a Deus por aqueles que passam as festas de final de ano armazenando boas lembranças!
Infelizmente, para grande das pessoas, os resquícios das festas natalinas não são tão bons. O dinheiro extra, gasto em presentes e eventos, faz falta no momento em que chegam as listas dos livros escolares para o ano letivo dos filhos, ou para acertar os impostos anuais com carros e imóveis. E quando isto acontece, por melhores que tenham sido as comemorações, as dívidas anulam as alegrias vivenciadas.
Sabemos que Jesus não nasceu em dezembro, mas acredito ser importante comemorar a vinda de Jesus à terra, sendo Deus encarnado. Ele viveu como homem para vencer o pecado e nos outorgar a salvação. Jesus venceu a morte, abriu-nos o caminho para Deus, e nos garante vida eterna.
Sim! Jesus precisa ser comemorado todos os dias, e não só no Natal, mas também no Natal.
Contudo, precisamos ter sabedoria para que eventos natalinos não deixam resquícios que acabam por desvirtuar o propósito real das festas. Há pais que se endividam por meses para comprar presentes de natal caríssimos, entrando em prestações e carnês que são mais altos do que o aluguem da casa em que moram. Há avós que pegam empréstimos para agradar seus familiares, e que depois sofrem em filas de hospitais porque não sobra dinheiro para pagar planos de saúde, mesmo os mais simples.
Precisamos ensinar nossos filhos a pedir menos. Netos precisam ser estimulados a dar afeto e carinho, desenvolvendo afeto pelos avós pelo simples fato de serem descendentes de pessoas afetuosas, e não simplesmente porque os avós os mimam com presentes caros. O próprio Deus já nos orienta na Bíblia a usarmos de sabedoria até mesmo ao ofertar à Ele, quanto mais aos outros: Cada um dará segundo as suas posses, de acordo com as bênçãos recebidas do SENHOR, o seu Deus.(Deuteronômio 16:17).
Nossos encontros familiares também precisam ser cobertos das bençãos de Deus. Necessitam ser espaço de testemunhos da transformação operada pela nossa conversão. Em casas de evangélicos o Evangelho precisa ser pregado, mesmo que silenciosamente: não pode haver bebedeira, piadas indecentes, fofocas sobre a vida alheia, ou implicâncias com a finalidade de denegrir ou diminuir outros parentes e amigos.
Quando passarem as festas, e o novo ano se iniciar, que os resquícios sejam os melhores possíveis. Que possamos somar muitos sorrisos, presentes adequados à nossa realidade social, muito afeto e, que Deus nos permita, salvação de parentes e amigos.
Assim sendo, quando reunir a família e amigos, priorize Jesus. E quando sair às compras, peça orientação a Deus e preserve sua saúde financeira.
Elaine Cruz
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