Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Mantendo o Temor

Assusta comprovar como as pessoas estão perdendo o temor em questões de suma importância, e o quanto nossa sociedade e nossa fé têm perdido relevância por conta deste fato.

Temor remete a uma atitude de reverência, a atos respeitosos para com outras pessoas e, muito especificamente, para com Deus. É um comportamento intencional, consciente, que envolve consideração, preito, obediência, submissão, homenagem e acatamento, e que, quando relacionado a Deus, implica em consagração e tributo constante.

Enquanto o medo é instintivo e natural, relacionado ao instinto de sobrevivência e preservação da vida, o temor é aprendido, assimilado a partir do ensino e de exemplos, e precisa ser constantemente disciplinado. O temor ressalta a consciência e a razão, enquanto o medo pode ser irracional, podendo levar ao pavor, as fobias e ao terror.

No âmbito social, uma criança deveria aprender a temer os pais, desenvolvendo atos respeitosos e reverentes, pois isto é o esperado, além de justo, face ao esforço e cuidado de pais amorosos e bons. É o que afirma a Bíblia: Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. "Honra teu pai e tua mãe", este é o primeiro mandamento com promessa: "para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra". (Efésios 6:1-3). Contudo, o que temos assistido nos nossos dias, são filhos que, intencionalmente, desonram seus pais, xingando e agredindo-os verbal e fisicamente, sem se sentirem envergonhados ou constrangidos. Não temem a figura paterna, não se submetem à disciplina parental, e usam de várias ferramentas emocionais, como chantagem e extorsões, para conseguirem o que desejam.

No quesito da fé, a questão se complica enormemente. Há muitos que se acomodam aos seus erros e pecados, mesmos cientes de que estão se afastando de Deus, mas não temem mais o Deus que dizem servir. Repetem palavras ditas de Deus, mas que Ele não disse. Se envolvem em questões ilícitas e declaram que Deus aprova o que fazem, mesmo que estas sejam descritas como abomináveis na Bíblia Sagrada. Se comportam de forma irracional e pecaminosa, mas como não são feridos ou mortos por Deus de forma imediata, seguem em seus caminhos largos, pregando um Evangelho facilitador de pecados para os que decidem ser pecadores.

É assustador assistir lideranças ditas evangélicas, que não mais se submetem às doutrinas bíblicas – ao contrário, pregam que a Palavra de Deus precisa ser revista e contextualizada. Ou acompanhar pessoas que envergonham o Evangelho genuíno, participando de eventos que adoram demônios, cantando músicas profanas, se vestindo de forma indecorosa, ou usando palavrões enquanto ministram em cultos. Com a propagação de stories e vídeos ao alcance do celular, especialmente no meio gospel, há uma crescente falta de temor, de reverência e de subserviência a Deus!

Em muitos lares, não há temor na hora dos membros da casa selecionar programas televisivos. Pais não ensinam seus filhos a temer a Deus na hora que estes escolhem desenhos, músicas e conteúdos midiáticos em seus celulares. Casais se acomodam a ações desonrosas e promíscuas, sem nem mesmo refletirem sobre as consequências espirituais advindas sobre seus familiares – muito menos sobre a perda da salvação!

A Bíblia é categórica: O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência. (Provérbios 9.10); O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem (Provérbios 111.10); O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida. (Provérbios 22.4).

Voltemos ao temor a Deus. Necessitamos nos conscientizar de que colheremos o que plantamos, e que a justiça divina virá sobre a nossa vida e nossas escolhas. Afinal, de tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. (Eclesiastes 12.13).

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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