A morte não é natural. Afinal, fomos criados com a eternidade impressa em nossa alma: Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim. (Eclesiastes 3:11).
Há uma outra versão que diz que Deus colocou um senso de eternidade no coração humano. Isto implica concluir que nascemos com o sentimento de que somos eternos e imunes ao tempo. Quando jovens olhamos para a velhice com a percepção errônea de que longos anos nos separam. Mas alguns anos depois percebemos que o tempo passa tão rápido, mais tão rápido, que não conseguimos nem mesmo nos conscientizar que a velhice já nos alcançou.
Toda criança nasce desejando viver. Tive uma filha que passou um bom período da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quando nasceu, e pude acompanhar de perto a garra dos recém-nascidos lutando para superar doenças e limitações. A vida é a meta de quem vive, não a morte.
Deus colocou a eternidade em nós. Nossa alma é eterna, mas nosso corpo é corruptível. Nossos pensamentos superam a realidade físico-social. Nossos planos são irreais, mesmo sabendo que estamos circunscritos a uma realidade cognitivo-emocional corrompida pelo pecado.
Desejar a morte não é natural. Visitar sites que ampliam a curiosidade sobre a morte, ou que ensinam técnicas para chegar ao suicídio, apontam para patologias ou desespero extremo. Quem pensa em morte persistentemente deixa de aproveitar a vida.
A vida é uma dádiva divina. O objetivo maior da nossa vida é adorar a Deus, enquanto decidimos onde viver a eternidade da nossa alma. Viver com Deus é poder gozar da paz e consolo que nos envolve nos dias difíceis. Só com Deus temos respostas e sentido para as vivências mais complexas e dolorosas.
Infelizmente, ao fazer a escolha de eliminar Deus do controle da vida, as pessoas entram em um espiral desesperador. Para muitos, viver não faz sentido, e os caminhos escolhidos sempre levam à sofrimentos, remorsos e culpas. Ao insistirem na prática do pecado, ou se negarem a buscar ajuda emocional e espiritual, muitos acabam antecipando sua própria morte física. Escolhem, na verdade, entrar na morte eterna!
Neste setembro amarelo, cuja temática envolve o suicídio, que possamos pensar em como estamos dirigindo nossa vida, e em como estamos influenciando a vida de quem amamos. Nossas atitudes necessitam apontar para a Vida, e nossos lares precisam ter a Vida, que é Jesus.
Não cruze os braços ao perceber um filho desistindo da plenitude da vida. Abrace, ame e faça de tudo para que ele se volte para Deus. Não fique inerte ao ver netos mergulharem em drogas ou sexo buscando um sentido para a vida. Aproxime-se com amor, refaça a ponte do afeto, converse bastante e com muita sabedoria para saber como orar e jejuar pela vida deles.
Não se permita ser atacado mentalmente, com um pensamento recorrente sobre tirar sua própria vida. Busque ajuda profissional, fale com seu pastor, e mergulhe na oração, pedindo a alegria e paz que não está circunscrita às circunstâncias da vida. Remova do seu coração a mágoa, decida manter sua mente limpa de ataques malignos, e leia a Bíblia constantemente em todos os momentos livre que tiver.
Não desista de amar a Vida e falar da Vida aos que buscam persistentemente a morte. Nascemos pra viver eternamente!
Elaine Cruz
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