Todos nós passamos por vales.
Em alguns vales encontramos encruzilhadas que nos suscitam apreensão. Nestes momentos nos perguntamos: O que fazer? Para onde ir? Qual a direção tomar? As vezes, tudo o que precisamos é parar, aguardando com paciência a direção divina antes de dar algum passo. O maravilhoso é que a resposta divina sempre chega, de uma forma ou outra, e por vezes basta erguer os olhos, mais uma vez, e enxergar a fonte de água, tal como aconteceu com Hagar e Ismael.
Há vales onde nossas esperanças e expectativas se frustram, e o medo nos apavora. Vivi isto quando estava no oitavo mês de gravidez do meu filho, e a ultra-sonografia apontou que a baixa dimensão cerebral evidenciava complicações que causariam deficiência física e/ou cerebral. Depois de muita oração e jejum, sob a misericórdia de divina, dias antes do nascimento. Deus restaurou as medidas, estando ele ainda no útero, e nosso filho nasceu perfeito, para glória de Deus!
Existem os vales de decepções sofridas com pessoas que amamos. Ao longo da vida, tal como aconteceu com Jesus, há os que rejeitam nossas amizades, os que traem, os que ferem, os que só nos procuram para obter favores, e os que nos abandonam nos momentos mais cruciais, quando mais precisávamos deles. Felizmente, temos um Pai celeste que estará sempre presente, pronto a nos abraçar e amar, mesmo enquanto sangramos e sofremos.
Em alguns vales a doença assola de repente, fazendo com que nossas forças sucumbam com diagnósticos sombrios que apontam para a morte. Já estive nestes vales algumas vezes, especialmente quando minha filha nasceu, com ausência de oxigenado cerebral e infecção generalizada, passando dias na Unidade de Terapia Intensiva, com menos de cinco porcento de chance de vida. Hoje ela já passou dos trinta anos, e foi curada de todas as sequelas!
Há os vales onde a saudade gerada pelo luto impera e dói. Vales em que nos despedimos e enterramos pessoas queridas, que construíram conosco a nossa história, mas que agora permanecerão na lembrança dos que as conheceram. Enterrar pessoas amadas é enterrar um futuro cheio de possibilidades que não mais acontecerão: aquela pessoa não estará no nosso casamento, não verá os netos crescidos, não poderá mais oferecer colo ou um bolo quentinho nos momentos de convívio familiar.
Para aqueles que servem a Deus, mesmo enfrentando vales escuros, sempre chegará a manhã. Por vezes ela demora um mês, um ano, ou alguns dias, mas ela vem!
Mesmo quando as trevas forem muitas, e o sol da justiça ficar obscurecido pelas nuvens pesadas, ou pelas montanhas muitas altas, podemos saber que o Sol sempre estará lá: Para vocês que temem o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura nas suas asas (Malaquias 4.2).
Deus não muda. Não deixa de brilhar. Não se cansa de iluminar. Não dorme ou cochila.
Deus não mente, não abandona. Não falha. Não decepciona.
Deus sempre será Deus – e não importa se Ele fará ou não o que pedimos ou desejamos, pois Ele sempre sabe o que é melhor para nós.
Muitas vezes ele nos conduz a pastos verdejantes no meio do breu ou da tempestade, e só percebemos onde estamos no raiar dos novos dias que Ele prepara para o nosso futuro.
Assim sendo, não tema. Você não está sozinho!
O dia já vai chegar.
Sossegue seu coração: Os vales não são nosso destino final, são só trechos da viagem.
O vale vai passar, e você viverá o sobrenatural de Deus!
Elaine Cruz
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