Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Quando o mal se torna bom?

Na igreja que pastoreamos, uma nova convertida veio me trazer uma situação interessante: No período do Carnaval deste ano, a escola do filho dela enviou um comunicado pedindo que ela o enviasse com uma fantasia engraçada, mas que não causasse medo nas outras crianças, pois a classe de alunos está na fase dos cinco anos de idade. Ela me procurou, e concordou em não enviar seu filho à festa da escola pelo fato de ter uma nova compreensão sobre os motivos do carnaval.

Curiosamente, o mesmo colégio (bastante caro e importante no Rio de Janeiro), enviou uma outra comunicação para os pais, sobre as festas de Halloween, sugestionando que os alunos fossem fantasiados com temas e alegorias sobre caveira, magos e bruxas! Ao questionar o colégio sobre as incongruências entre os dois comunicados, a escola simplesmente argumentou que as crianças precisam perder o medo do “universo gótico e macabro”.

Sei que este é apenas um exemplo de como nossos filhos e netos estão sendo alcançados com a chamada “cultura dark” (cultura escura, ou ocultista) que envolve festas com a temática de  Dia das Bruxas, Halloween e Dia dos mortos. Diferentemente do dia em que crianças pedem doces oferecidos a ídolos como Cosme e Damião (o que já é triste e espiritualmente grave), no Halloween também há pedidos de doces, mas o culto e brincadeiras sobre morte, bruxarias, feitiçaria  e ocultismo é muito ampliado - basta lembrar que a palavra Hallow significa Fantasma!?

A Bíblia tem uma passagem seríssima: Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo! (Isaías‬ ‭5‬:‭20‬). 

Pensando neste texto bíblico, fico me perguntando quão fácil é inverter valores e conceitos - o que tem sido um fato tão recorrente nos nossos dias. Cresci visitando meus parentes mineiros, que gostavam de contar causos sobre fantasmas e assombrações que aconteciam na roça. Meus pais sempre aproveitavam para elucidar e explicar o mundo espiritual, mas muitos deles, só depois de se converterem, passaram a compreender a realidade demoníaca e compreenderam o que de fato viam ou ouviam. Mas o mais interessante é que todos tinham medo de falar sobre temas macabros, enquanto nossas crianças estão sendo expostas a práticas demoníacas desde a mais tenra idade, através de jogos, brinquedos e desenhos infantis. A verdade é que palavras como caveiras, morte, duendes, espíritos, treva, maligno, diabo, inferno, demônios, fantasma, bruxas, magos, dentre outras, fazem parte de muitas histórias, jogos de celular, textos estudados no colégio ou desenhos assistidos na televisão da casa. E esta diluição do temor ao que é mal, é mais um artifício maligno de transformar mal em bem, amargo em doce, opressão em normalidade! 

Nossos filhos, não importa a idade, precisam saber que o Mal será sempre mau. Satanás não irá se converter (como pregam alguns). O inferno não será extinto ou se transformará em paraíso. A Morte sempre será consequência do pecado. Fantasmas, duendes, assombrações e espíritos sempre serão formas diferentes de nomear demônios. E a bruxaria, feitiçaria e celebrações a mortos sempre serão abomináveis diante de Deus! Portanto, sejamos amorosamente firmes para manter e ensinar os princípios bíblicos aos que amamos. Afinal, quanto às doutrinas bíblicas, sempre absolutas, não há como alterar o que Deus chamou mal para bem, ou adoçar o que Deus considera amargo.

Afinal, afeto, amor, comunhão, perdão, saúde, e sobretudo a salvação, dentre tantos bens, são muito melhores do que berços de ouro!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

Planos adiados

Escrito por Elaine Cruz
Planos adiados

Como psicóloga, ao longo de quase quarenta anos atendendo em consultórios, é fácil percebe...

Sim ou Não?!

Escrito por Elaine Cruz
Sim ou Não?!

A Bíblia nos conta uma parábola muito interessante sobre dois filhos: Havia um homem que t...

Rugas que o tempo faz

Escrito por Elaine Cruz
Rugas que o tempo faz

Quando nos aproximamos do final de um ano, sabemos que estamos mais velhos. Afinal, não há...

Intimidade

Escrito por Elaine Cruz
Intimidade

Certa vez, há mais de vinte anos, eu preguei em um Congresso de mulheres em uma igreja no...

Como alimentar a Alma

Escrito por Elaine Cruz
Como alimentar a Alma

Cada região do mundo tem uma cultura gastronômica, e até mesmo no nosso país há muito regi...

Marcos a Comemorar

Escrito por Elaine Cruz
Marcos a Comemorar

Todos nós vivenciamos marcos importantes, sejam dolorosos ou felizes, ao longo da vida. Af...

Quando o mal se torna bom?

Escrito por Elaine Cruz
Quando o mal se torna bom?

Na igreja que pastoreamos, uma nova convertida veio me trazer uma situação interessante: N...

 

 

SOBRE


Com o objetivo de ajudar as mulheres cristãs da atualidade, a CPAD prepara um presente especial para elas: o site de conteúdos Mulher Cristã. O novo espaço feminino vem repleto de conteúdos inéditos, sempre com temas voltados para as mulheres cristãs de nossos dias.

©2024 CPAD: Av Brasil 34.401 - Bangu - Rio de Janeiro - CEP: 21852-002 - Brasil - CNPJ 33.608.332/0001-02. Designed by CPAD.