Ser rejeitado, ignorado, abandonado, repugnado, excluído ou desprezado pelos outros são atos que fazem sangrar a alma, que abrem feridas intensas ao longo de toda a vida, difíceis de serem curadas. O desafeto gera dor, a repulsa causa solidão, a desaprovação gera insegurança, o repúdio faz brotar uma baixa auto estima, a exclusão gera carências.
A verdade é que nada é mais reconfortante para a alma do que salvação em Jesus! Mesmo porque o ato salvífico envolve o grande amor de Deus, o perdão divino, a reconciliação com o Pai, a introdução na Família de Deus, a anulação de culpas e remorsos, a possibilidade de receber amor incondicional do Deus Trino, e de sermos abraçados e aceitos pelas pessoas com quem passamos a conviver na Igreja de Jesus.
Amor. Afeto. Perdão. Misericórdia. Consolo. Proteção. Graça.
Tantas palavras bíblicas carregadas de afeto, adornadas pelo grande amor com que somos amados por Deus!
O Evangelho é amoroso!
Abraça o filho perdido.
Alivia o fardo do forasteiro.
Perdoa o mais vil pecador.
Supre a viúva e o pobre.
Consola o aflito e angustiado.
Socorre o doente de corpo fragilizado.
Cura as dores atrozes da alma.
Promove à Eternidade pessoas falíveis e efêmeras.
Se há algo a aprender com o Evangelho, especialmente em dias que antecedem das chamadas festas de Natal, é o quanto precisamos dar o que recebemos gratuitamente em Jesus.
Precisamos abraçar nossos cônjuges, filhos, netos, pais e amigos queridos.
Devemos ser mais hospitaleiros, abraçando os forasteiros, os solitários, os cansados e desiludidos, levando-os a Jesus.
Necessitamos abaixar os dedos acusadores e perdoar quem nos feriu.
Temos que abrir mais a despensa, acudir a viúva, o pobre e os missionários, ajudando-os em suas necessidades.
Devemos consolar o aflito, ouvir o angustiado, ter compaixão do sofredor.
Precisamos socorrer o doente, em seu corpo fragilizado, tratando as feridas.
Necessitamos clamar pelas dores atrozes da alma dos que nos cercam.
Sim! Devemos aproveitar o período do Natal para abraçar nossos parentes. Precisamos beijar os que amamos, expressando com atos o nosso amor por eles. Abrir as portas da nossa casa, visitar parentes e estar com pessoas é uma excelente oportunidade para expressarmos nosso afeto advindo do amor divino.
Podemos nos reunir em torno de presentes e mesas bem decoradas, e realizar um belo culto de Natal na igreja que frequentamos. Mas precisamos, com prioridade urgente, pregar sobre a razão do Natal, dando a Jesus todo o mérito do nosso afeto, pois afinal: Nós amamos porque ele nos amou primeiro (1João 4.19)
O amor de Deus, expresso nos relacionamentos humanos por pessoas que decidem demonstrar o que sentem, é um grande presente de Deus à humanidade. Portanto, perdoe, abrace, suporte, e ame as pessoas com quem convive.
E, mais uma vez, não se esqueça de dizer aos que ama de que no Natal nasceu o amor expresso de Deus – amor extremo, incondicional, que se derramou na cruz do Calvário por nós!
Elaine Cruz
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