Sorrir faz parte da natureza humana. Sorrimos quando estamos alegres, comemorando uma conquista ou data importante. Mas também sorrimos quando estamos nervosos ou ansiosos por algo, como se estivéssemos inseguros frente a boas possibilidades.
Quem busca a Deus, e o serve com verdade e devoção, por mais que vivencie momentos difíceis, desfrutará da alegria e a expressará através dos sorrisos: Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seu rosto jamais mostrará decepção. (Salmos 34.4,5).
A Bíblia afirma que a mulher sábia sorri diante do futuro (Provérbios 31.25), na confiança de que Deus honrará suas decisões acertadas e seus posicionamentos bíblicos. E sempre aponta a alegria e o sorriso como demonstração de gratidão pelas bênçãos e livramentos recebidos: Então a nossa boca encheu-se de riso e a nossa língua de cantos de alegria. Até nas outras nações se dizia: “O Senhor fez coisas grandiosas por este povo”. (Salmos 126.2).
Contudo, a Bíblia nos lembra que mesmo no riso o coração pode sofrer, e a alegria pode terminar em tristeza. (Provérbios 14.13). Quando enfrentamos problemas difíceis, cientes de que Deus pode agir, podemos sorrir enquanto aguardamos a promessa, mesmo que nosso coração permaneça sangrando. Afinal, a tristeza faz parte da vida, o choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria vem pela manhã!
O ato de sorrir, portanto, é uma decisão que reflete nossos momentos de vida, mas que sempre está associada a boas venturas, à gratidão e contentamento. Sorrir é bom, e pode acontecer em momentos calmos e longânimos, quando nosso sorriso é mais um ato de louvor a Deus. Mas também está presente em momentos divertidos, quando brincamos com filhos, andamos em montanhas-russas ou almoçamos em família.
Infelizmente, nos dias atuais, sorrindo ou não, as pessoas estão procurando avidamente por diversão, mas com motivações errôneas. Há pessoas que se divertem com a desgraça alheia, se satisfazendo com notícias sobre divórcios, mortes e falência das pessoas que conhece. Isto reflete uma índole má, que descansa no conceito de que “antes a desgraça aconteça com os outros do que comigo”.
É bom estar ao lado de pessoas divertidas, que sempre têm um comentário interessante e inusitado. Contudo, há muitos que, pela diversão, abrem mão do bom senso e da escolha por boas companhias. Há pessoas se divertem com “amigos” que utilizam drogas ou álcool para ficarem divertidos, e muitas vezes acabam participando de atos pecaminosos. Para estes, estar em roda de escarnecedores, beber e se drogar com colegas de vícios, ou participar de reuniões sociais associadas com pessoas imorais, que proferem mentiras ou palavras chulas, é engraçado!?
Há ainda os que se divertem ferindo os outros. Um grande exemplo é a prática do bullying, onde o prazer está em desprezar e destruir a honra ou a dignidade de outras pessoas que são julgadas como mais fracas, mais feias, mais pobres, por exemplo.
No mundo em que estamos vivendo, com tantos valores distorcidos, necessitamos avaliar constantemente o que nos diverte: filmes violentos ou carregados de palavrão? Músicas e shows de cantores mundanos? Fofocar da vida alheia? Ou fomentar as “fofocas gospel”, disseminando escândalos que envergonham a Igreja?
Vale ressaltar que a diversão ou entretenimento, por si só, não são considerados errados ou pecados - mas precisam estar coerentes com os princípios que Deus estabeleceu para permanecermos agradando a Ele quando nos envolvemos em atividades de lazer. Afinal, o princípio bíblico é imutável: “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. Tudo o que fizerem, seja em palavra seja em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:15-17).
Elaine Cruz
*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).