A Bíblia, através do salmista Davi, afirma que todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. (Salmos 139:16). Isto implica crer que, em sua onisciência, Deus tem a soma dos nossos dias. Ele, e só ele, sabe quando nossa breve vida se extinguirá.
No salmo 39, também de Davi, lemos: Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou. Deste aos meus dias o comprimento de um palmo; a duração da minha vida é nada diante de ti. De fato, o homem não passa de um sopro. (Salmos 39:4-5). Nossos espelhos nos mostram o quanto nossa vida é rápida e passageira. Contudo, sempre nos surpreendemos com a cada idade alcançada, pois nossa mente não consegue acompanhar o ritmo frenético da passagem dos dias. Assim, eventualmente, pensamos “Como não percebi quarenta ou sessenta anos passando por mim?” ou “De que forma cheguei aos setenta anos?”
Sob uma outra perspectiva, mesmos cientes de que a cada dia vivido estamos nos aproximando do dia da nossa morte, sempre somos surpreendidos quando alguém querido falece. Sabemos da realidade da morte, mas preferimos não falar sobre ela. E, o mais complexo, é que muitos nem mesmo se preparam para o momento em que nossa vida terrena deixa de existir, e passam a vivenciar a morte eterna (para os que rejeitam Cristo), ou a vida eterna, para os que morrem seguindo Jesus como Salvador pessoal.
Precisamos considerar a chegada da morte. Nos preparar a cada dia, pois não sabemos a idade a que chegaremos. Eu já me despedi de pessoas que amava, que passaram para a eternidade com idades diferenciadas: minha mãe estava com 75 anos, minha sogra com 56, e minha irmã com 31 anos. E a verdade é que, quando amamos, perder alguém com 52 ou 80 anos de vida, será sempre cedo, sempre inesperado.
Em tempos de luto, consideramos nossas atitudes e motivos. Repensamos nossa intimidade com Deus, a veracidade dos nossos afetos e relacionamentos. Avaliamos nossas escolhas diárias para manter nosso coração limpo, pois sabemos que a qualquer momento, podemos ser chamados por Deus.
Sempre considero que a cada despedida de outras tantas pessoas que já estão com o Pai celestial, eu e você teremos mais motivos para chegar aos céus. Há pessoas que já estão com Deus, que não se lembram de nós agora, mas quando lá chegarmos vão nos abraçar e regozijar conosco pela nossa maior e mais esperada vitória!
Afinal, chegar ao céu é vencer a corrida, alcançar o alvo, concluir nossa chamada e ministério, e viver plenamente e de forma gloriosa nossa esperança.
Quando Deus nos chama… nós voltamos para Casa!
Elaine Cruz
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